Daimler: "Não se prevê uma rápida recuperação do mercado", acrescentou o porta-voz da empresa (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2015 às 14h14.
Frankfurt - A companhia automobilística alemã Daimler quer cortar 1.500 empregos em sua fábrica brasileira, perto de São Paulo, após a queda das vendas de caminhões no Brasil.
Um porta-voz da Daimler, que negocia há meses com os representantes dos trabalhadores, disse hoje que "temos que encontrar uma solução em curto prazo para 1.500 empregados".
As vendas de caminhões brasileiros caíram 44% no primeiro semestre, e as da divisão de caminhões da Daimler sentiram o baque.
"Não se prevê uma rápida recuperação do mercado", acrescentou o porta-voz da Daimler.
O fabricante de caminhões alemão MAN, filial da Volkswagen, teve prejuízo no primeiro semestre de 46 milhões de euros (R$ 188 milhões), frente ao lucro de 92 milhões de euro um ano antes, pelos problemas no Brasil.
A entrada de pedidos na América Latina caiu 50% no primeiro semestre, para 593 milhões de euros, por causa das dificuldades que a economia brasileira atravessa.
A Daimler, que cortou três mil empregos no Brasil desde o começos de 2013, e atualmente tem 11.900 trabalhadores, se mostrou mais otimista em relação à China apesar dos frágeis números de vendas de muitos fabricantes alemãesneste momento .
"Sou verdadeiramente otimista", disse o diretor da Daimler na China, Hubert Troska, aos jornalistas em Pequim.
A Daimler crescerá mais rapidamente do que sua concorrência no mercado de alto padrão e prevê vender até o final do ano pelo menos 300 mil veículos.
A Audi reduziu suas vendas na China em julho em 12,5%, a BMW 6%, enquanto a Mercedes-Benz, da Daimler, cresceu 41,5 %.
A Daimler vendeu na China no primeiro semestre 165 mil unidades, a Audi, 274 mil e a BMW, 230 mil unidades.