Negócios

Dafiti terá marca própria e consultoria para varejistas

Varejista de moda online já contava com os dois modelos de negócios, mas investiu para intensificar as áreas a partir de 2015


	 Dafiti: até junho, receita líquida da companhia foi de 261 milhões de reais
 (Divulgação / VOCÊ S/A)

Dafiti: até junho, receita líquida da companhia foi de 261 milhões de reais (Divulgação / VOCÊ S/A)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 14h24.

São Paulo – Intensificar a venda de produtos de marca própria e a consultoria para empresas que querem vender online estão nos planos da Dafiti para 2015.

A companhia já fatura com os dois modelos de negócios há pouco mais dois anos.

Com a ideia de expandir, investimentos em uma equipe e estrutura voltada para os novos segmentos foi montada durante este ano.

Na parte de consultoria para empresas, batizada de Dafiti Store, a companhia já agencia 23 lojas, como Grendene, Cavalera, Desigual e TNG, além de gerenciar toda a loja virtual de marcas de surf e skate Star Point.

No modelo, a Dafiti oferta para empresas que querem começar a vender pela Internet desde todo o conhecimento do setor até a estrutura da loja online, suporte logístico e atendimento aos consumidores. 

“Até 9% de nossa receita vem da venda desses serviços, mas sabemos que temos um potencial enorme de mercado”, disse hoje o presidente e sócio-fundador da companhia, Philipp Povel.

Em 2013, a Dafiti teve receita líquida de 419 milhões de reais, valor 88% maior que o alcançado no ano anterior. Até junho, as vendas somavam 261 milhões de reais. 

Marca própria

Outra área que a empresa quer ampliar é a de marca própria. Assim como as grandes varejistas do mundo real, a Dafiti conta com uma equipe de 20 pessoas para criar roupas, acessórios e calçados com uma das 10 marcas da empresa, como a Five Blue.

A estratégia é a mesma seguida por grandes varejistas online de moda.

“Não queremos vender produtos baratos e ruins, mas peças que tenham qualidade, estilo e preço justo”, disse Philipp.

Estrutura e reclamações

Em 2014, a Dafiti esteve no topo das empresas mais reclamadas na web e levou uma multa de R$ 344 mil do Procon por falha no atendimento aos consumidores.

A migração de sistemas da companhia para SAP, planejada por nove meses, acabou acarretando em problemas de entrega e troca de produtos em meados de junho.

“Tudo foi normalizado em pouco tempo, mas a notícia e reclamações reverberam por alguns meses”, disse o executivo.

A empresa investiu 20 milhões de reais na troca de sistemas, integração da parte logística e no aumento de funcionários da parte de atendimento ao cliente de 200 para quase 500 pessoas.

Vale lembrar que o investimento servirá tanto para a empresa cortar custos a curto prazo, com a customização de algumas áreas, quanto com o compartilhamento da estrutura da empresa com os futuros clientes da Dafiti Store. 

Investimento de fora 

Em setembro, o Kinnevik e Rocket Internet, controlador da Dafiti, anunciaram parceria para unir as operações de cinco varejistas de moda on-line, entre elas a da empresa brasileira.

Além da Dafiti, fazem parte da parceria a Jabong, da Índia, Lamoda, da Rússia, Namshi, do Oriente Médio e Zalora, da Ásia e Austrália.

Juntas, as empresas esperam galgar espaço no mercado de moda online, um setor que deve faturar 625 bilhões de euros em 2016 e com um potencial de atingir 5,3 bilhões de consumidores no ano, segundo estimativas da Dafiti.

Acompanhe tudo sobre:Dafitie-commerceEmpresaslojas-onlineRocket Internet

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades