São Paulo - A construtora e incorporadora Cyrela teve lucro líquido consolidado de 34,25 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 61,5 por cento frente ao mesmo intervalo de 2016 devido à redução das vendas e ao nível ainda elevado de distratos.

Conforme material de divulgação do balanço, o lucro líquido atribuído aos controladores no período foi de 4,025 milhões de reais, bem inferior aos 61,271 milhões de reais apurados entre janeiro a março do ano passado.

A margem líquida caiu 7 pontos percentuais na mesma base, para 0,6 por cento, e a bruta recuou 3,7 pontos percentuais, para 31,1 por cento.

A Cyrela ainda reportou queda de 14,5 por cento na receita bruta total, para 712 milhões de reais, devido ao menor volume de vendas. Mas a empresa teve geração de caixa operacional positiva de 158 milhões de reais, revertendo o resultado negativo do primeiro trimestre de 2016, quando queimou 13 milhões de reais.

Enquanto isso, as despesas gerais e administrativas subiram 4,6 por cento na comparação anual, para 100 milhões de reais, e as comerciais caíram 14,7 por cento, para 87 milhões de reais.

A Cyrela reduziu o endividamento líquido para 1,54 bilhão de reais ao fim de março, de 1,698 bilhão de reais em dezembro de 2016. Com isso, a alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre patrimônio líquido caiu de 25,1 para 22,7 por cento.

Em 17 de abril, o grupo havia antecipado dados operacionais do primeiro trimestre, com 4,3 por cento nas vendas contratadas ante igual período de 2016, para 520 milhões de reais. Do total, 199 milhões de reais compreendiam estoques prontos, 209 milhões de reais eram unidades em construção e 112 milhões de reais em lançamentos.

Nesta quinta-feira, as ações da Cyrela fecharam em alta de 1,5 por cento, cotadas a 13,49 reais, enquanto o Ibovespa terminou em alta de 0,28 por cento.