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Cyrela mudará estratégia de lançamentos em 2011 após lucro menor

Cyrela tem como meta lançar entre 9 bilhões e 12 bilhões de reais no próximo ano

Um dos empreendimentos da Cyrela: empresa registrou baixa no lucro (Antonio Milena/EXAME)

Um dos empreendimentos da Cyrela: empresa registrou baixa no lucro (Antonio Milena/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 10h48.

São Paulo - A construtora e incorporadora Cyrela Brazil Realty deve adotar uma estratégia diferenciada em 2011 quanto a lançamentos, buscando evitar a repetição do cenário visto este ano, quando um ritmo menor que o esperado impactou os ganhos da companhia.

Para o ano que vem, a Cyrela tem como meta lançar entre 9 bilhões e 12 bilhões de reais que, ao contrário deste ano, não devem ficar concentrados no último trimestre.

"A distribuição será mais equalitária, vamos lançar pelo menos um terço no primeiro semestre. É um estudo preliminar e conservador", disse o vice-presidente financeiro da companhia, Luís Largman, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.

A Cyrela espera encerrar 2010 com lançamentos de 6,9 bilhões a 7,7 bilhões de reais. Até 10 de novembro, a empresa afirma ter contabilizado 69 por cento do ponto médio da meta, equivalentes a 5,046 bilhões de reais.

Largman, contudo, garantiu o cumprimento do saldo até o final de dezembro.

"A empresa nunca lançou, nem vai, lançar por lançar... As aprovações estão acontecendo", afirmou ele.

Na noite de quinta-feira, a Cyrela apresentou uma queda de 33,3 por cento no lucro do terceiro trimestre, que ficou em 176 milhões de reais, impactado pela forte base de comparação com igual período do ano passado.

O nível de lançamentos menor que o esperado no período, somado a uma diminuição das vendas, também prejudicou o desempenho da empresa.

De julho a setembro, a Cyrela somou vendas contratadas de 1 bilhão de reais, volume 37,1 por cento menor ano a ano.

Nesta sexta-feira, contudo, a companhia informou que, até 10 de novembro, contabiliza vendas de 4,4 bilhões de reais, o que equivale a 67 por cento do ponto médio da projeção para 2010.

Largman atribuiu, ainda, o desempenho do terceiro trimestre ao atraso na entrega de obras, que está em torno de três meses. Nos nove meses até setembro, a Cyrela entregou 9.135 unidades, que correspondem a 2,6 bilhões de reais.

A meta de entregas traçada pela companhia é de entre 17 mil a 21 mil unidades até o final do ano.

"(O atraso de entregas) prejudicou o reconhecimento da receita. Acreditamos que vamos cumprir o guidance", acrescentou o executivo.

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