Negócios

CVM altera regras de governança para empresas de capital aberto

A regra estabelecida pela autarquia se aplica às empresas que estão habilitadas a emitir ações

CVM: as empresas terão que divulgar informações sobre a aplicação das práticas de governança (Reprodução/CVM/Reprodução)

CVM: as empresas terão que divulgar informações sobre a aplicação das práticas de governança (Reprodução/CVM/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2017 às 19h30.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou nesta quinta-feira, 8, a Instrução 586, com alterações nas regras de governança corporativa para as empresas de capital aberto.

Segundo a autarquia, as empresas terão que divulgar informações sobre a aplicação das práticas de governança previstas no Código Brasileiro de Governança Corporativa - Companhias Abertas.

A regra se aplica às empresas que estão habilitadas a emitir ações.

A CVM explica que o Código, lançado em novembro do ano passado, segue o modelo "pratique ou explique", e foi elaborado pelas 11 entidades de mercado que integram o Grupo de Trabalho Interagentes.

"O Código contém um conjunto de práticas recomendadas, abordando questões chaves de governança como a estrutura acionária, composição da administração e controles internos", diz a CVM em comunicado.

"A assimilação do Código à Instrução 480 prevê o dever das companhias de esclarecer e explicar aos investidores o seu grau de aderência às práticas, de forma completa, verdadeira, consistente e sem induzi-los a erro. Caberá aos próprios investidores avaliarem se a estrutura de governança é ou não adequada, com base nessas informações", afirma Leonardo Pereira, presidente da CVM.

A CVM decidiu ainda manter a criação de um novo documento periódico para a divulgação dos comentários das empresas sobre o Código, denominado "Informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa", em vez de incluir esses comentários no formulário de referência.

A audiência pública que resultou na Instrução 586 traz outras alterações.

O prazo de entrega do informe foi aumentado de 6 para 7 meses após o final do exercício social.

A autarquia ainda excluiu a obrigatoriedade de atualização do informe no momento da apresentação de pedido de registro de oferta pública, para evitar a divulgação de informações não sujeitas à diligência da instituição líder da operação.

Ficou definida também a redução da abrangência das informações prestadas sobre a estrutura administrativa do emissor no formulário de referência, que passa a requerer as informações relativas ao conselho de administração, órgãos e comitês permanentes que se reportam ao conselho de administração, e à diretoria estatutária.

Acompanhe tudo sobre:ApresentaçõesCVMEmpresas

Mais de Negócios

Com dívida de R$ 528 milhões, St. Marche pede homologação de plano de recuperação extrajudicial

Marcus Buaiz vira sócio do Rio Branco, clube centenário do Espírito Santo

Fintech formada por ex-Kavak, Mercado Livre e Creditas chega ao mercado com aporte de R$ 15 milhões

De uma drogaria na garagem para uma rede com faturamento de R$ 1,7 bilhão