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CVM acusa Eike de excesso de otimismo com o mercado

A informação foi divulgada pelos sites do jornal Folha de S. Paulo e da revista VEJA


	Eike Batista na abertura de capital da OGX
 (Fernando Cavalcanti / EXAME)

Eike Batista na abertura de capital da OGX (Fernando Cavalcanti / EXAME)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 23 de agosto de 2014 às 16h35.

São Paulo – O ex-bilionário Eike Batista e mais sete executivos foram acusados pela CVM de terem manipulado o mercado com o excesso de otimismo nos comunicados da antiga petroleira OGX.

A informação é de duas reportagens publicadas neste sábado pelos sites do jornal Folha de S. Paulo e da revista VEJA, que tiveram acesso ao relatório do processo da CVM.

De acordo com as notícias, a peça de acusação foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), que pode abrir inquérito para apurar indícios de manipulação do mercado, conduzida por Paulo Mendonça e Marcelo Torres, dois dos principais executivos de Eike Batista à época. 

Os oito processados já foram notificados pela CVM e devem apresentar suas defesas em relação às acusações da autarquia.

As penas para um caso como esse podem chegar à esfera criminal, no caso das acusações mais graves.

No entanto, o julgamento desse e de mais uma dezena de processos contra Eike e seus executivos tendem a ficar para 2015, em um momento de provável quórum reduzido de diretores na CVM.

Eike Batista

No auge de sua carreira, Eike chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo, com uma fortuna de 34 bilhões de dólares.

No entanto, uma maré de prejuízos, que foram desencadeados pelo descumprimento das metas da OGX, fez o seu império X desmanchar.

A crise de Eike Batista começou por uma quebra de confiança. Em meados de 2012, a OGX rebaixou a previsão de produção Tubarão Azul, seu principal campo de petróleo, de 20.000 barris diários para apenas 5.000.

O fato gerou uma crise de credibilidade que arrastou todas as empresas de capital aberto do Grupo EBX e, com ele, a fortuna de Eike.

O ex-bilionário perdeu o controle da maioria de suas empresas e teve de se desfazer de seus brinquedinhos de luxo, como uma Lamborghini que mantinha na sala de estar, e um barco, que acabou virando sucata.

Atualmente, Eike possui um patrimônio de 800 milhões de dólares, mas, como tem uma dívida de 1,8 bilhão de dólares com bancos, seu saldo está no negativo: menos 1 bilhão de dólares.

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