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CVM abre processo sobre Qualicorp e XP ameaça levar caso à Justiça

Até agora, não há registro no site da CVM de reclamações formais de investidores

Qualicorp  (Thinkstock/Thinkstock)

Qualicorp (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 12h00.

Última atualização em 2 de outubro de 2018 às 19h31.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu na segunda-feira, 1º de outubro, um processo administrativo para investigar transações entre partes relacionadas na Qualicorp. A autarquia não comenta casos concretos, mas as informações constam em seu site.

Até agora, não há registro no site da CVM de reclamações formais de investidores.

A XP Investimentos, cujos fundos estão entre os maiores acionistas da Qualicorp, divulgou informe aos cotistas de quatro dos seus fundos em que classifica como "totalmente descabida" a decisão da empresas de firmar um contrato de não competição por seis meses com seu sócio-fundador, José Seripieri Filho, ao custo de R$ 150 milhões líquidos.

Para a gestora, a questão não é apenas o valor, mas o acordo em si que, entre outras coisas, deveria ser levado à apreciação da assembleia de acionistas.

"Vamos buscar de todas as formas, inclusive na Justiça, os devidos reparos. Somos um dos maiores acionistas minoritários, com aproximadamente 9% da companhia, posição, por ora, mantida", informou no comunicado ao qual o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso.

A empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, se posicionou. “A companhia informa que o referido contrato não pode ser rescindido antes do final do prazo de seis anos, mesmo que José Seripieri Filho deixe de atuar como administrador. Apenas em caso de tomada hostil de controle ou da destituição da maioria do Conselho antes do final do respectivo mandato, Seripieri Filho poderia rescindir o contrato antes do final do prazo desde que reembolse à companhia o valor da indenização na proporção do prazo ainda não cumprido”

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