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CVC viaja para o interior – e vende muito por lá

Em 2015, cerca de 300 cidades do interior foram responsáveis por


	CVC: das 100 cidades que mais venderam produtos CVC em 2015, 25 têm menos de 80.000 habitantes.
 (Divulgação/CVC)

CVC: das 100 cidades que mais venderam produtos CVC em 2015, 25 têm menos de 80.000 habitantes. (Divulgação/CVC)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 09h28.

São Paulo - Em 2015, pela primeira vez, as cidades do interior foram responsáveis pela maior parte das vendas da CVC.

Cerca de 300 delas, juntas, arrecadaram 2,61 bilhões de reais em reservas confirmadas – ou 50,3% dos 5,2 bilhões faturados no ano. Os dados foram cedidos pela companhia com exclusividade a EXAME.com.

Isso é resultado do plano de interiorização de franquias da empresa, que foi intensificado no ano passado, mas começou em 2013.

Até aquele ano, a agência de viagens só abria lojas em municípios com mais de 150.000 habitantes. Agora, uma população de 30.000 pessoas já é suficiente.

O número, porém, é apenas um norte e não precisa ser seguido à risca. "Se tivermos uma cidade com 15.000 habitantes, mas uma renda per capita elevada, haverá demanda para viagens", disse Luiz Eduardo Falco, presidente da companhia.

Em 2013, diferentemente do que acontece agora, as 27 capitais representaram 52,3% das receitas totais da CVC.

"Essa é uma virada que nunca mais volta atrás. Se você olhar para a população brasileira, temos 50 milhões de pessoas nas capitais e 150 milhões no interior. É a ordem natural da coisa", disse.

De acordo com ele, a variedade de destinos e as facilidades de financiamento oferecidas pela operadora ajudam a conquistar os clientes das cidades pequenas.

"O interior viaja diferente, em grupos. É um estilo mais divertido, na minha opinião. Poder ir para o exterior sem precisar falar outra língua e parcelar a compra em 10 vezes facilita muito", afirmou o executivo.

Como chega

A CVC chega às pequenas cidades de duas formas: com a abertura de novas franquias, ou com a conversão de agências multimarcas em exclusivas, o que é mais comum.

"O agente de turismo local já tem a confiança da clientela. O que ele não tem é exatamente o que a CVC traz: tecnologia e possibilidade de financiamento", frisou Falco.

Das 100 cidades que mais venderam produtos CVC no ano passado, 25 têm menos de 80.000 habitantes. Entre elas estão Formiga (MG), que tem 68.000 habitantes; Nova Mutum (MT), com 39.000; e Porto Feliz (SP), com 51.000.

Em frente

A meta de inaugurar 100 lojas anuais segue em 2016 e pelo menos metade delas deve ficar em pequenas cidades.

Entre as localidades na mira da CVC estão Talhada (PE), Teixeira de Freitas (BA), Paulo Afonso (BA), Jequié (BA), Picos (PI), Goianésia (GO), Mineiros (GO), Juara (MT), Juína (MT), Santana (AP), Açailândia (MA), Parintins (AM), Itacoatiara (AM), Três Corações (MG), Muriaé (MG), Paracatu (MG), Telêmaco Borba (PR), Concórdia (SC) e Aracruz (ES).

A empresa já tem 1.004 agências pelo país. 

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