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CSN venderá fatia de subsidiária para reduzir dívida de R$ 30 bilhões

A operação, que ocorreria neste mês, escorregou para o fim de janeiro de 2021

Bobinas de aço: CSN produz 5 milhões de toneladas de laminados por ano (Douglas Engle/Bloomberg)

Bobinas de aço: CSN produz 5 milhões de toneladas de laminados por ano (Douglas Engle/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 12h51.

Última atualização em 4 de dezembro de 2020 às 13h13.

A abertura de capital da CSN Mineração é esperada para girar mais de R$ 8 bilhões, sendo que R$ 7 bilhões desse valor irá ao caixa da CSN, pela venda de uma fatia minoritária na unidade, dinheiro prometido para ajudar a reduzir o endividamento da siderúrgica. Ao final de setembro a dívida líquida superava os R$ 30 bilhões. A empresa terá como presidente Enéas Diniz, que comandava a área dentro da CSN, apurou o Estadão. A operação, que ocorreria neste mês, escorregou para o fim de janeiro de 2021, segundo fonte.

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A subsidiária da CSN congrega as minas Namisa e a famosa mina de Casa de Pedra, produtora de um dos minérios de maior qualidade do quadrilátero ferrífero. Há um ano, ao comentar sobre o resultado da CSN, Steinbruch revelou: "Não concordo, mas comprei essa ideia do mercado de desalavancar". O empresário lembrou que fez seu histórico como empresário de forma alavancada. Foi assim que levou a CSN anos atrás em seu leilão de privatização, em 1993."Comecei devendo tudo".

Steinbruch também foi o nome por trás do consórcio que arrematou a Vale, em 1997. Depois do IPO de mineração, a CSN tem nos planos abrir o capital de sua unidade de cimentos, disseram fontes.

A companhia de Steinbruch possui quase 90% da CSN Mineração. Um consórcio asiático detém o restante.

A visão do mercado tem sido positiva para os negócios da companhia, algo também relacionado à expectativa de crescimento da empresa. A agência de classificação de riscos Fitch, por exemplo, elevou recentemente o rating da empresa de B para B+, além de revisar a perspectiva, de estável para positiva. Disse, contudo, que a perspectiva é reflexo da expectativa de que a companhia continuará a desalavancar sua estrutura de capital ao longo dos próximos 12 a 18 meses. Já analistas do Credit Suisse, após participarem de viagem organizada pela companhia para conhecer Casa de Pedra, disseram que a CSN sinalizou entender que a redução das dívidas vem antes dos projetos de crescimento programados, e que a venda de ativos para ajudar a diminuir a alavancagem será o foco em 2021, segundo relatório enviado ao mercado. A visita fez parte do esforço para o IPO do ativo.

Fizeram a visita 15 fundos de São Paulo, cinco do Rio de Janeiro e alguns analistas de mercado.

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