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CSN registra queda de 20,9% no investimento em 2014

Os investimentos da siderúrgica somaram R$ 2,236 bilhões


	CSN: do montante, R$ 699 milhões foram para mineração
 (Divulgação)

CSN: do montante, R$ 699 milhões foram para mineração (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 11h48.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) investiu R$ 708 milhões no 4º trimestre de 2014, queda de 19% em relação ao visto um ano antes.

Desse total, segundo a companhia, R$ 200 milhões foram destinados ao negócio de siderurgia, R$ 177 milhões para mineração, R$ 176 milhões para o negócio de cimento e R$ 154 milhões para logística.

Já em 2014 os investimentos da CSN somaram R$ 2,236 bilhões, queda de 20,9% em relação ao registrado um ano antes.

Do montante, R$ 699 milhões foram para mineração, R$ 565 milhões para siderurgia, R$ 506 milhões para cimento e R$ 423 milhões para logística.

As vendas de aço da empresa no quarto trimestre do ano passado somaram 1,253 milhão de toneladas, recuo de 13,5% em relação ao observado um ano antes. Em relação ao terceiro trimestre houve uma queda de 2%.

Do total das vendas no trimestre, o mercado interno foi responsável pela fatia de 69%, 26% foram realizadas por meio das subsidiárias no exterior e 5% para exportação.

No ano as vendas somaram 5,177 milhões de toneladas, retração de 15% na comparação anual, sendo que o mercado interno ficou com uma participação de 72%, ante 76% um ano antes.

Segundo o documento que acompanha o demonstrativo financeiro da empresa, a receita líquida média em siderurgia foi de R$ 2,134 mil por tonelada, estável em relação ao visto no trimestre imediatamente anterior.

Considerando a receita líquida média em 2014, de R$ 2,174 mil, houve um aumento de 10% na relação anual. De acordo com a CSN esse aumento ocorreu, principalmente, pelos ajustes anotados em aços planos.

Produção

A produção de aço bruto na Usina Presidente Vargas somou 1,1 milhão de toneladas entre outubro e dezembro, estável em relação ao observado um ano antes.

No ano a produção da usina alcançou 4,5 milhões de toneladas, também estável. O consumo de placas compradas chegou em 426 mil toneladas, queda de 31% em relação a 2013.

Já a produção de laminados caiu 4% em relação ao período imediatamente anterior porque foram feitas manutenções preventivas nos laminadores de tiras a frio, linhas de decapagem e de galvanização.

Minério de ferro

A venda de minério de ferro no quarto trimestre do ano passado atingiu 7,543 milhões de toneladas, queda de 3,4% em relação ao mesmo período de 2013.

Em relação ao intervalo imediatamente anterior houve uma queda de 2%. No período, toda a venda foi destinada ao mercado externo.

No ano as vendas da matéria-prima alcançaram 28,878 milhões de toneladas, aumento de 13% em relação ao observado em 2013.

A CSN informou que desse total 19,8 milhões de toneladas vieram da mina Casa de Pedra e 9,1 milhões de toneladas da Namisa.

Segundo a companhia, o minério de ferro destinado para o consumo próprio foi de 6 milhões de toneladas em 2014, sendo 1,5 milhão de toneladas no quarto trimestre.

Em 2014 foi embarcado pelo Tecar um recorde de 32,8 milhões de toneladas, aumento de 14% em relação ao visto um ano antes. No quarto trimestre houve embarque de 8,4 milhões de toneladas.

Alavancagem

A alavancagem da CSN, medida pela razão dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), avançou de 2,91 vezes no fim de 2013 para 4 vezes no fim do ano passado.

Além da queda do Ebitda ajustado, a dívida líquida da CSN cresceu no ano passado, o que impactou a alavancagem da siderúrgica. A dívida líquida ajustada cresceu 20,1% para R$ 18,908 bilhões em 2014.

No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro a CSN informou que passou a adotar no último trimestre do ano passado a contabilidade hedge.

Segundo a companhia, essa decisão teve como objetivo "refletir os efeitos das variações cambiais em suas demonstrações contábeis".

Com isso, a CSN passou a designar parte dos seus passivos em dólar como hedge de suas futuras exportações. "A variação cambial decorrente dos passivos designados passou a ser registrada transitoriamente no patrimônio líquido, sendo levada ao resultado quando ocorrerem as referidas exportações, permitindo assim que os impactos das variações cambiais sobre o passivo e as exportações possam ser registrados simultaneamente", explica a siderúrgica de Volta Redonda.

No quarto trimestre do ano passado o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 580,1 milhões, queda de 37,5% em relação ao observado um ano antes.

Em relação ao terceiro trimestre a perda financeira caiu 38,5%. No ano a perda financeira chegou em R$ 3,081 bilhões, aumento de 22,7%.

Ao fim do ano passado o capital de giro aplicado ao negócio estava em R$ 2,633 bilhões, aumento de 26,6%. Em relação ao observado no trimestre imediatamente anterior houve um aumento de 25,7%.

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