Negócios

CSN mantém foco na Usiminas e deve ficar na Riversdale

O diretor-executivo da CSN Paulo Penido disse que o aumento da presença na Usiminas tem que ser feito de forma gradual

A CSN informou no final de janeiro que estava avaliando alternativas para seu investimento na Usiminas (Germano Luders)

A CSN informou no final de janeiro que estava avaliando alternativas para seu investimento na Usiminas (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 19h03.

São Paulo - A CSN indicou nesta terça-feira que deve manter sua participação de quase 20 por cento na produtora de carvão Riversdale e reiterou o desejo de elevar sua fatia no capital votante da rival Usiminas a 10 por cento.

O diretor-executivo da CSN Paulo Penido disse que o aumento da presença na Usiminas tem que ser feito de forma gradual. Ele afirmou ainda que ter uma fatia na hoje concorrente pode ser útil à CSN no futuro, sem elaborar mais sobre o assunto.

A CSN informou no final de janeiro que estava avaliando alternativas para seu investimento na Usiminas, quando revelou ter 5,03 por cento das ações ordinárias e 4,99 por cento dos papéis preferenciais da siderúrgica mineira.

Na ocasião, a CSN divulgou que não tinha, naquele momento, objetivo de adquirir fatias acima de 10 por cento de cada uma das classes de ações da Usiminas.

Mesmo a assinatura em fevereiro de um acordo de estabilidade até 2031 no grupo de controle da Usiminas não foi suficiente para interromper os rumores de mudança de alguns sócios relevantes da companhia.

Na segunda-feira, o fundo de pensão dos empregados da Usiminas, que tem 10,1 por cento do capital votante da companhia, confirmou ter contratado o Credit Suisse para prestar assessoria financeira, sem que nenhum contrato ou pré-contrato de venda das ações que possui tenha sido firmado.

As ações ordinárias da Usiminas, que dão poder de voto, tiveram alta de 1,35 por cento, a 29,20 reais, contra variação positiva de 0,34 por cento do Ibovespa.

Carvão

O diretor executivo da CSN disse também que a empresa não deve se desfazer dos 19,9 por cento que possui na Riversdale, produtora de carvão em Moçambique.

A Riversdale é alvo de uma tentativa de aquisição da mineradora Rio Tinto, que afirmou nesta terça-feira que prosseguirá com oferta de 3,9 bilhões de dólares australianos (4 bilhões de dólares) pela companhia, mesmo que isso signifique ficar com uma parcela minoritária.

"A empresa pretende ficar (na Riversdale). Reconhecemos que precisamos de um sócio-operador (das minas) de habilidade", disse Penido em teleconferência com analistas, referindo-se, no final da frase, à Rio Tinto.

A proposta da Rio Tinto, anunciada em dezembro, era antes condicionada a pelo menos 50 por cento de aceitação dos acionistas. Até agora, a Rio Tinto garantiu 41 por cento.

Acompanhe tudo sobre:CSNEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas japonesasIndústriaMineraçãoSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasUsiminas

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é