CSN - Companhia Siderúrgica Nacional (Alexandre SantAnna/Veja Rio)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 19h56.
São Paulo - A CSN informou nesta quinta-feira que sua carteira de títulos inclui participação no capital da Usiminas equivalente a 4,99 por cento das ações ordinárias e igual percentual para os papéis preferenciais da siderúrgica mineira.
Com base no preço de fechamento das ações da Usiminas nesta sessão na Bovespa, o total de ações nas mãos da CSN representa um valor de mercado perto de 1,1 bilhão de reais.
Em breve comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CSN não diz o objetivo de sua participação no capital da Usiminas, com a qual compete em alguns segmentos de negócio.
A CSN também não revela em qual período ocorreram as compras das ações da Usiminas, provavelmente em operações na bolsa envolvendo papéis da companhia em circulação no mercado.
A CSN não precisaria informar sua participação na Usiminas, já que no caso de empresas listadas no Brasil isso se torna necessário quando um acionista passa a ter posição acima de 5 por cento no capital de uma companhia.
Procurada pela Reuters, a assessoria de imprensa da CSN não forneceu informações complementares. A Usiminas não tinha representantes imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
No terceiro trimestre do ano passado, surgiram rumores no mercado de que dois importantes acionistas da Usiminas --Camargo Corrêa e Votorantim-- estariam avaliando se desfazer das ações da siderúrgica.
Relatório de setembro de 2010 do BTG Pactual afirmava que a eventual saída de Camargo Corrêa e Votorantim levaria a mudanças na estrutura societária da Usiminas, eventualmente a uma possível fusão com uma concorrente local.
O bloco de controle da Usiminas é formado por Camargo Corrêa e Votorantim (que juntas detêm 26 por cento das ações ordinárias), pela japonesa Nippon Steel (com 27,8 por cento das ordinárias) e pelo Fundo de Pensão Usiminas (10,1 por cento das ordinárias).
Outro acionista relevante detentor de ações com direito a voto da Usiminas é a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com 10,4 por cento desses papéis, segundo dados no site da siderúrgica.