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CSN espera que Transnordestina inicie operação em 2012

Apesar de esperar alta taxa de retorno, CSN não tem planos de colocar a ferrovia na bolsa

CSN vai usar a ferrovia para escoar sua produção (Arquivo)

CSN vai usar a ferrovia para escoar sua produção (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

São Paulo - A CSN espera que seu projeto ferroviário Transnordestina inicie operações no final de 2012, em uma iniciativa que vai ajudar a companhia a transportar mais de 30 milhões de toneladas de carga por ano no Brasil.

A ferrovia de 1.728 quilômetros no Nordeste dará autossuficiência em logística à CSN, disseram executivos da empresa em evento nesta quarta-feira. Quatro contratos antecipados que a companhia já tem assinados devem ajudar a operação a atingir o "break even" antes mesmo de sua conclusão, disse o presidente da unidade, Tufi Daher.

Alguns grandes grupos empresariais brasileiros estão criando sua própria infra-estrutura para suportar o crescimento econômico, já que os investimentos públicos permanecem baixos.

A margem operacional da Transnordestina deve ficar acima de 50 por cento da receita anual --e o retorno do investimento em 13 por cento, acima do previsto em projetos como a exploração do petróleo na camada pré-sal, disse Daher. Contudo, a CSN não tem planos de listar a Transnordestina em bolsa no futuro imediato, afirmou o executivo.

Para o vice-presidente financeiro da CSN, Paulo Penido, o investimento na Transnordestina criará valor aos acionistas do grupo ao diversificar as receitas e oferecer retornos adequados.

O presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, tem dito repetidamente que a empresa também poderia vender participações em suas unidades de cimento, mineração, energia e logística a investidores e listá-las em bolsa separadamente, com objetivo de capturar rapidamente o valor desses negócios.

A CSN tem 56 por cento de participação na Transnordestina. Entre os demais sócios estão o governo federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto ferroviário, que deve exigir 4,6 bilhões de reais em investimentos até 2012, será financiado com dívida (60 por cento) e com injeção de capital (40 por cento).

Os executivos da CSN disseram que o projeto, com custo por quilômetro estimado em cerca de 2,9 milhões de reais, é um dos mais eficientes do mundo.

Às 13h19, as ações da CSN subiam 0,97 por cento enquanto o Ibovespa mostrava queda de 0,7 por cento.

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