Negócios

CSN continua discutindo venda de ativos, diz presidente

Presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que surgirão notícias sobre venda de ativos da empresa "em breve"


	Benjamin Steinbruch, da CSN: "conitnuamos discutindo a venda de ativos, mas temos sempre a referência do preço real"
 (Murillo Constantino/EXAME.com)

Benjamin Steinbruch, da CSN: "conitnuamos discutindo a venda de ativos, mas temos sempre a referência do preço real" (Murillo Constantino/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 14h47.

São Paulo - O diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, disse que a empresa continua discutindo a venda de ativos, mas que é necessário não perder de referência o valor real dos empreendimentos antes da conclusão de qualquer negócio.

O executivo ainda afirmou que, provavelmente, surgirão notícias sobre uma eventual desmobilização "em breve".

Durante conversa com jornalistas após sua participação no 27º Congresso do Aço, em São Paulo, Steinbruch foi questionado sobre uma sinalização dada por ele durante um dos painéis do evento, afirmando que os ativos brasileiros não deveriam ser vendidos "a preço de banana".

"Se mudarmos a percepção em relação ao risco País, os ativos dobram ou triplicam de preço", disse Steinbruch. "Continuamos discutindo (a venda de ativos), mas temos sempre a referência do preço real."

Segundo o executivo, a eventual venda de ativos será realizada pela maior oferta, nacional ou estrangeira, desde que as condições sejam apropriadas para a venda.

"Provavelmente, teremos notícia em breve de uma desmobilização", disse Steinbruch, sem dar detalhes sobre qual ativo estava se referindo ou um eventual cronograma de venda.

Usiminas

Questionado quanto a atual situação da Usiminas - a CSN é a maior acionista da empresa fora do bloco de controle -, com rumores de uma eventual separação dos ativos da companhia entre dois de seus principais acionistas, Ternium e Nippon Steel, Steinbruch disse que a CSN defende a adoção da melhor saída possível para a Usiminas, mas ponderou que o interesse dos acionistas não pode se sobrepor ao da empresa.

"É necessário estudar, discutir e tomar decisões. Mas me parece que a Usiminas, unida, é muito mais valiosa do que dividida", disse.

Caso a hipótese de divisão dos ativos se concretize, o executivo da CSN comentou que ainda é necessário a realização de estudos técnicos e discussões para avaliar um posicionamento.

Questionado sobre a venda da participação da CSN na Usiminas, o executivo se esquivou, afirmando apenas que "o futuro a Deus pertence".

Câmbio

Para Steinbruch, a faixa de câmbio considerada ideal para a empresa, sob o ponto de vista de exportações, ficaria entre R$ 3,50 e R$ 4. No entanto, o executivo pondera que, mais importante que o intervalo em si, é a manutenção de uma certa estabilidade na moeda.

"O câmbio não pode variar de R$ 3,40 para mais de R$ 4 e voltar para R$ 3,40 em três meses. Isso mata a exportação, qualquer que seja o câmbio. Precisamos de previsibilidade e estabilidade."

Alto-forno

Steinbruch ainda disse que a CSN está realizando a manutenção em todos os equipamentos do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e que esse processo deve levar entre 90 e 120 dias.

"Quando será ligado, eu não posso dizer", disse o executivo, afirmando que a decisão depende do mercado e de diversos outros fatores.

Acompanhe tudo sobre:Benjamin SteinbruchCSNEmpresáriosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicas

Mais de Negócios

Mudança no topo: Bernard Arnault perde R$ 300 bilhões e Elon Musk vira homem mais rico do mundo

Erro que vale ouro: como a 3M transformou o fracasso do Post-it em uma inovação bilionária

Empresa de segurança capta R$ 160 milhões para tornar a vida do assaltante de celular um inferno

Em ascensão, mercado de óticas chama a atenção de franqueados