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CSN aplicará reajuste médio de 5% nos preços de aço

Com a previsão de que a demanda por aço se recupere em 2017, os preços terão reajuste a partir de novembro

CSN: "Há uma demanda deprimida e os setores, desestocados. Acredito que aço pode dar um estirão e crescer mais que o PIB" (Divulgação)

CSN: "Há uma demanda deprimida e os setores, desestocados. Acredito que aço pode dar um estirão e crescer mais que o PIB" (Divulgação)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 18h16.

São Paulo - A CSN aplicará reajuste médio de 5 por cento a partir de novembro nos preços de aço, enquanto busca recompor custos mais elevados do setor, disse nesta terça-feira o diretor executivo da empresa, Luis Fernando Martinez.

No começo do mês, duas fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que as produtoras de aços planos estavam avisando distribuidores sobre reajuste de 5 por cento nos preços com previsão de entrada em vigor no fim deste mês, CSN entre elas.

Para Martinez, a demanda por aço deve se recuperar em 2017 com um possível reaquecimento da economia brasileira.

"Há uma demanda deprimida e os setores, desestocados. Acredito que aço pode dar um estirão e crescer mais que o PIB", disse o executivo, responsável pelas áreas comerciais e de logística dos segmentos de siderurgia, cimentos e vendas especiais da CSN.

Nesse contexto, a companhia retomou as operações do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda (RJ) último dia 15 e, de acordo com Martinez, prevê alcançar o pico de produção do mesmo em até 15 dias.

O alto-forno foi paralisado por necessidade de reformas e demanda mais baixa por produtos siderúrgicos, disse ele a jornalistas.

O alto-forno usado para abastecer plantas da empresa no exterior (Portugal) e tem capacidade de produção de 70 mil a 80 mil toneladas por mês de bobina a quente.

Demanda

O presidente da Associação Latino-Americana de Aço (Alacero), Jefferson de Paula, espera uma retomada do mercado de siderúrgicos no país no próximo ano, com crescimento de 5 por cento, após queda estimada de cerca de 14 por cento para 2016.

"A gente vem de quedas sucessivas de consumo nos últimos anos. Nossa visão é que só em 2021 ou 2022 vamos voltar ao patamar de consumo de 2013", disse à Reuters.

Ele avalia que, se as previsões mais otimistas para a economia brasileira em 2017 se confirmarem, isso vai alavancar muitos segmentos. "Mas acho que a virada maior vai ser em 2018."

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