Negócios

CSN aguarda acerto para avançar na compra da CSA

Siderúrgica depende de um acerto entre Thyssen e Vale para prosseguir com o plano de comprar as duas usinas colocadas à venda pelo grupo alemão


	Siderúrgica da ThyssenKrupp: CSN negocia há vários meses com a Thyssen a compra da CSA, no Brasil, e de uma siderúrgica do Alabama
 (Timothy Fadek/Bloomberg)

Siderúrgica da ThyssenKrupp: CSN negocia há vários meses com a Thyssen a compra da CSA, no Brasil, e de uma siderúrgica do Alabama (Timothy Fadek/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 16h37.

Rio de Janeiro - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) depende de um acerto de contas entre a ThyssenKrupp e a Vale para prosseguir com o plano de comprar as duas usinas colocadas à venda pelo grupo alemão, afirmou uma fonte que acompanha diretamente as negociações.

A CSN negocia há vários meses com a Thyssen a compra da CSA, no Brasil, e da siderúrgica do Alabama (EUA), um negócio que as duas empresas procuram fechar até setembro, disse a fonte à Reuters, pedindo anonimato.

A Vale ainda procura ressarcimento da Thyssen pelos investimentos adicionais que realizou na complicada usina brasileira, de acordo com uma cláusula contratual entre as duas empresas, confirma a assessoria de imprensa da Vale.

A Vale é sócia na CSA com 27 por cento de participação, e a Thyssen possui o capital restante, majoritário. Uma opção é que a Thyssen reduza sua participação na usina CSA para 33 por cento, enquanto a CSN adquira uma participação de 33 por cento ou mais. A mineradora manteria sua participação atual.

Procuradas, Thyssen e CSN não comentaram as informações.

Indenização

A Vale não tem se posicionado contra a venda, pelo contrário, mas já deixou claro que quer seus direitos preservados. Os direitos que procura incluem o contrato de fornecimento de minério de ferro para a CSA e uma indenização superior a 550 milhões de dólares, pelo ressarcimento dos investimentos realizados, segundo o previsto em outro contrato.

No início da sociedade da Vale na CSA, em 2005, a mineradora tinha apenas 10 por cento na usina, com uma opção futura para sair do negocio recebendo o valor investido. Mas a Thyssen pediu para Vale aumentar a participação e colocar mais 1 bilhão de dólares no empreendimento em 2009.

A mineradora abriu mão da "put" para sair do negócio e deu autonomia para Thyssen continuar gerindo o empreendimento operacionalmente.

A Vale concordou, mas exigiu um contrato de indenização caso a gestão da Thyssen trouxesse custos adicionais para CSA, o que acabou ocorrendo devidos a sérios problemas ambientais e operacionais na unidade.

Alabama é o foco

O maior interesse da CSN nesta compra casada é a fabricante de aço nos EUA, que funciona de maneira integrada com a CSA.

"Sem a usina do Alabama, a CSN não quer negócio." A CSN estaria interessada no mercado americano, segundo a fonte.

Outra fonte envolvida no tema diz que as negociações entre a CSN e a Thyssen entraram num período morno, mas com chances de progredir mais a frente.

"A CSA faz muito sentido para a CSN, que não pode mais crescer em Volta Redonda e também precisa ampliar a capacidade de porto --e a CSA pode dar as duas coisas para a CSN", afirmou a segunda fonte.

Acompanhe tudo sobre:CSNEmpresasEmpresas abertasEmpresas alemãsEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasThyssenkrupp

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares