Negócios

CSLL reduz expectativa, mas oferta compensará, diz Bradesco

Segundo o diretor gerente do Bradesco, o aumento da CSLL reduz a expectativa de resultado para o banco


	O Bradesco conseguirá ter mais proximidade com uma base de clientes que não tinha antes, segundo o diretor gerente do banco
 (Germano Luders)

O Bradesco conseguirá ter mais proximidade com uma base de clientes que não tinha antes, segundo o diretor gerente do banco (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 18h48.

São Paulo - O aumento da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras que entra em vigor em setembro próximo reduz a expectativa de resultado para o Bradesco, de acordo com Luiz Calos Angelotti, diretor gerente e de Relações com Investidores da instituição.

"Vamos compensar o aumento da CSLL trabalhando mais, vendendo mais produto e trabalhando mais o custo de uma forma geral", afirmou ele, em teleconferência com a imprensa, realizada nesta quinta-feira, 30.

De acordo com Angelotti, o aumento da CSLL deve impactar o resultado do último trimestre, já que a nova porcentagem entra em vigor no dia 1º de setembro e também em todo o exercício de 2016.

Ele disse ainda que uma nova segmentação vai ajudar na venda de mais produtos. Isso porque o banco conseguirá ter mais proximidade com uma base de clientes que não tinha antes.

Sobre a possibilidade de o Bradesco também ter uma reversão de Cofins que pudesse beneficiar o banco assim como o espanhol Santander, ele disse que não há nada no passivo que possa gerar um efeito positivo para o banco.

"A tese não foi totalmente julgada. Há discussões de recuperação, mas não se sabe como a tese será julgada no futuro. Só será recuperado no futuro se tiver decisão favorável", afirmou, sem precisar números.

Sete Brasil

Um pouco antes, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, fez comentários sobre a Sete Brasil, empresa envolvida na Operação lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras.

"Evidentemente, a empresa vive momentos de ambiguidades derivadas das notícias que vemos na mídia. Existe a expectativa da entrada de novos sócios na Sete Brasil", disse Trabuco, na teleconferência.

O executivo afirmou não ter informação de quem serão os novos sócios da Sete Brasil. De acordo com ele, a gestão busca alternativas para a empresa, que é "importante para a Petrobras e estaleiros".

A Sete Brasil atravessa uma crise após ter sido citada na Lava Jato.

Ao ter sido envolvida, a companhia não conseguiu obter a liberação de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apesar de ter linha de US$ 3,1 bilhões. Inadimplente desde o primeiro trimestre, suas dívidas são estimadas em R$ 4 bilhões.

A Sete Brasil foi criada para construir 29 sondas, das quais 28 seriam para a Petrobras. A entrada de um novo sócio ajudaria a empresa a sair da crise que enfrenta.

O Bradesco juntamente com o Santander, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Caixa participam do empréstimo-ponte de R$ 12 bilhões para a Sete Brasil. Além deles, o Standard Chartered tem uma fatia menor na operação, de cerca de US$ 250 milhões.

Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasLucro

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é