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Crise líbia e efeito Sinopec cortam 50% do lucro da Repsol

A empresa obteve lucro líquido de 2,2 bilhões de euros em 2011, 53,3% menor do que no mesmo período do ano anterior

Pesaram ainda nas contas da companhia petrolífera Repsol a situação de greve e suspensão do programa de incentivos econômicos Petróleo Adicional, na Argentina (Wikimedia Commons)

Pesaram ainda nas contas da companhia petrolífera Repsol a situação de greve e suspensão do programa de incentivos econômicos Petróleo Adicional, na Argentina (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 12h57.

Madri - A Repsol obteve lucro líquido de 2,2 bilhões de euros em 2011, 53,3% menor do que no mesmo período do ano anterior, devido à queda na produção por causa do conflito da Líbia e à triplicação do lucro em 2010 após a criação da filial no Brasil com a chinesa Sinopec.

Pesaram ainda nas contas da companhia petrolífera Repsol a situação de greve e suspensão do programa de incentivos econômicos Petróleo Adicional, na Argentina.

O lucro líquido recorrente (sem extraordinários) foi de 2,1 bilhões de euros, 7,9% inferior ao de 2010, informou nesta quarta-feira a companhia à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV). O resultado líquido recorrente CCS (descontando a variação do valor das reservas) recuou 5,4%, ficando em 1,9 bilhão de euro.

A área de Prospecção e Produção (Upstream) alcançou resultado de exploração recorrente de 1,3 bilhão de euros, 11,7% menos, depois que os maiores preços do petróleo (14,4%) e de gás (29,6%) somado aos menores custos exploratórios atenuassem a queda na produção e a depreciação do euro frente ao dólar.

Em 2011, a produção de hidrocarbonetos da Repsol foi de 298,8 mil barris equivalentes de petróleo ao dia, 13,2% inferior à de 2010, devido à queda na produção na Líbia - a atividade foi retomada em outubro após nove meses de inatividade -, e as paradas de manutenção em Trinidad e Tobago.

Repsol fechou o ano com taxa de substituição (que reflete a relação entre o petróleo extraído e as novas reservas descobertas) de 162%, contra 131% de 2010.

O resultado da divisão de gás natural liquidificado (GNL) triplicou na comparação com 2010, ficando em 388 milhões de euros graças aos maiores volumes de produção pela entrada em operação da planta do Peru LNG e as maiores margens de comercialização.

O resultado da área de Downstream (refino, marketing, GLP, trading e química) desceu 17,1%, para 1,2 bilhão, puxado pelas menores margens de refino e a venda em 2010 da Refap (Brasil).

Já a Gás Natural Fenosa, com participação de 31,2% da Repsol, apresentou à companhia petrolífera lucro de exploração de 821 milhões de euros, 3,3% menor do que em 2010, pelas menores vendas de eletricidade e a ausência de receitas extraordinárias. 

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