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Crise dos shoppings nos EUA pode ser bom negócio para Amazon

Gigante do comércio eletrônico irá transformar um shopping center abandonado em infraestrutura logística e de distribuição

Belz Factory Outlet Mall, em Allen, Texas, abandonado desde os anos 80 (Justin Cozart/Wikimedia Commons)

Belz Factory Outlet Mall, em Allen, Texas, abandonado desde os anos 80 (Justin Cozart/Wikimedia Commons)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 14 de outubro de 2017 às 08h00.

São Paulo - A Amazon, gigante de comércio eletrônico, é uma das causas para a crise dos tradicionais shopping centers nos Estados Unidos. Agora, ela pode se beneficiar ao transformar locais fechados em novos centros de distribuição.

Os grandes centros de compra, que são um dos símbolos do capitalismo no país, nos últimos anos enfrentam dificuldades.

Muitos fecharam as portas e outros ainda estão parcialmente desertos. Nos próximos cinco anos, um quarto dos shoppings deverão fechar, segundo um relatório do banco Credit Suisse.

As grandes estruturas abandonadas parecem cenários saídos de filmes apocalípticos. Os centros de compra não são páreos para a concorrência com o comércio eletrônico, principalmente para a Amazon.

O banco também estima que a parcela do comércio eletrônico nas vendas do vestuário pule dos 17% atuais para 37% em 2030.

Uma das bases do crescimento da Amazon é a entrega rápida, às vezes em poucas horas. Para conseguir sustentar essas entregas, a companhia precisa de uma grande infraestrutura. Nesse sentido, as ruínas dos shoppings podem ser um ótimo negócio para a varejista.

A Amazon irá transformar um shopping em Ohio, nos Estados Unidos, em um centro de distribuição e estoque. Por enquanto, é a única transformação do tipo da companhia.

A estrutura deverá gerar cerca de 2.000 empregos, informa a TechCrunch. Apenas esse ano, a companhia pretende abrir 23 centros de distribuição ou expandir locais existentes.

 

 

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