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Criadora de efeitos especiais de "Titanic" pede concordata

A empresa, cujos fundadores incluem James Cameron, o diretor de "Titanic", citou dívidas totais de 214,9 milhões de dólares e ativos totais de 205 milhões de dólares


	Naufrágio do navio Titanic: a Digital Domain fechou seu escritório em Port St. Lucie, Flórida, na semana passada, e demitiu a maior parte dos funcionários da operação
 (Reprodução/YouTube)

Naufrágio do navio Titanic: a Digital Domain fechou seu escritório em Port St. Lucie, Flórida, na semana passada, e demitiu a maior parte dos funcionários da operação (Reprodução/YouTube)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 23h29.

Nova York - A Digital Domain Media Group, que conquistou Oscars pelos seus efeitos visuais em filmes como Titanic, pediu concordata na terça-feira, nos Estados Unidos, dias depois de anunciar que precisava de mais capital para se manter à tona.

A empresa, cujos fundadores incluem James Cameron, o diretor de "Titanic", citou dívidas totais de 214,9 milhões de dólares e ativos totais de 205 milhões de dólares, de acordo com documentos judiciais.

A Digital Domain trabalhou em mais de 90 grandes produções, entre as quais "Piratas do Caribe: No Fim do Mundo", "Transformers", "O Curioso Caso de Benjamin Button", "Star Trek" e "X-Men: Primeira Classe". A empresa, cuja especialidade é criar personagens humanos realistas usando a computação gráfica, havia anunciado em junho que pretendia produzir imagens de Elvis Presley para uso em diversas plataformas, entre as quais shows ao vivo, programas de TV e a Internet.

A Digital Domain, que levantou 42 milhões de dólares em uma oferta pública inicial de capital em novembro, anunciou no mês passado que estudaria alternativas estratégicas, e contratou a Wells Fargo Securities como consultoria financeira. A empresa informou estar atrasada nos pagamentos de alguns de seus empréstimos.

"Como resultado de capital de giro negativo, a empresa não cumpriu seus requisitos de liquidez e estava esgotando suas reservas de caixa", disse Michael Katzenstein, vice-presidente de reestruturação, nos documentos da concordata.

A Digital Domain fechou seu escritório em Port St. Lucie, Flórida, na semana passada, e demitiu a maior parte dos funcionários da operação. A empresa continua a operar estúdios na Califórnia e em Vancouver.

O presidente-executivo e do conselho, John Textor, que também é o segundo maior acionista da companhia, renunciou na semana passada, dizendo que "discordava profundamente" da decisão de fechar o estúdio da Flórida.

Em 28 de agosto, Textor detinha cerca de um quarto das ações da Digital Domain, de acordo com dados da Thomson Reuters.

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