Negócios

Credores discutem alívio da dívida da Oi, diz fonte

Bancos e detentores de títulos da Oi, que representam mais de metade dos 65,4 bilhões de reais devidos pela operadora, podem facilitar condições para pagamento.


	As alternativas incluem reduzir os custos dos empréstimos, com os detentores de bônus aceitando perdas em seus investimentos nos títulos da Oi, disse a fonte.
 (Marcelo Correa/EXAME)

As alternativas incluem reduzir os custos dos empréstimos, com os detentores de bônus aceitando perdas em seus investimentos nos títulos da Oi, disse a fonte. (Marcelo Correa/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 22h17.

SÃO PAULO - Bancos e detentores de títulos da Oi, que representam mais de metade dos 65,4 bilhões de reais devidos pela operadora de telecomunicações, podem propor um prazo de carência de cinco anos e menores custos de financiamento para acelerar a recuperação judicial da empresa, disse uma pessoa com conhecimento direto das negociações nesta terça-feira.

A fonte, que pediu anonimato porque as discussões são preliminares e confidenciais, disse que detentores de bônus assessorados pela Moelis e um grupo de bancos, incluindo Banco do Brasil e China Development Bank, estão discutindo diversas alternativas para oferecer à Oi um plano de alívio da dívida.

As alternativas incluem reduzir os custos dos empréstimos, com os detentores de bônus aceitando perdas em seus investimentos nos títulos da Oi, disse a fonte.

O surgimento de propostas de outros detentores de bônus e de acionistas minoritários aproximou os bancos e o grupo liderado pela Moelis, disse a fonte. "As partes estão trabalhando de perto e de forma conjunta a acelerar o plano de recuperação judicial da Oi e frustrar qualquer proposta não construtiva que poderia gerar ruído no processo", disse a fonte, acrescentando que os detentores de bônus estão interessado em uma solução que envolve a troca de parte de suas dívidas em capital da empresa renovada.  

 A assessoria de imprensa da Moelis se recusou a comentar. O banco chinês, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não comentaram de imediato. Uma porta-voz do BNDES disse que existem negociações em curso, mas ainda estão em estágio preliminar.

As discussões acontecem após um grupo de minoritários liderados pelo fundo brasileiro Société Mondiale começar a trabalhar num plano de reorganização paralelo para a Oi, que consiste numa redução da dívida de pelo menos 50 por cento, cisão de alguns negócios não essenciais e a busca de investidores para ajudar a financiar gastos de capital. Outra pessoa próxima ao Société Mondiale confirmou os planos para a Reuters na terça-feira.

A maior operadora de telefonia fixa do país entrou em junho com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil, depois de ter ficado sem tempo para reorganizar as operações e reestruturar suas dívidas, em meio a recessão. O pedido de recuperação da Oi levou ao colapso a negociação com o grupo liderado pela Moelis, após a maior acionista individual, a Pharol SGPS, recusar a possibilidade de ver a sua participação ser fortemente diluída em um acordo de reestruturação da dívida.

Acompanhe tudo sobre:3GBrasil TelecomDívidas empresariaisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasOiOperadoras de celularRecuperações judiciaisServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação