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Credores da OAS formam comitê após atraso em pagamento

Detentores de títulos emitidos pela construtora formaram comitê para negociar, após a OAS deixar de pagar juros de títulos no exterior


	Construção da OAS: construtora brasileira está tentando conseguir um empréstimo de R$ 2 bilhões
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Construção da OAS: construtora brasileira está tentando conseguir um empréstimo de R$ 2 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 21h42.

São Paulo - Detentores de bonds emitidos pela OAS SA formaram um comitê para negociar com a construtora brasileira depois que ela deixou de pagar juros de títulos no exterior, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

O comitê, que representa detentores de mais de 50 por cento de títulos da companhia no exterior, contratou a FTI Consulting Inc. como assessora financeira e as firmas de advocacia Pinheiro Neto Advogados e Morgan, Lewis Bockius LLP para a assessoria jurídica, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque não está autorizada a falar sobre o assunto publicamente.

A assessoria de imprensa da OAS não respondeu aos pedidos de comentários realizados por telefone e por e-mail sobre o comitê dos credores.

A assessoria de imprensa da FTI e das firmas de advocacia não responderam imediatamente às mensagens telefônicas ou aos e-mails em busca de comentários.

A OAS está envolvida no maior escândalo de corrupção da história do Brasil e foi citada como uma das empreiteiras que supostamente teriam pago propina para obter contratos com a Petrobras.

A empresa, que foi proibida temporariamente de participar de licitações de novos contratos da Petrobras, não fez o pagamento dos seus bonds denominados em dólar com vencimento em 2019 e de suas notas locais no início deste mês, pois está procurando reestruturar a dívida e preservar o caixa.

A construtora brasileira está tentando conseguir um empréstimo de R$ 2 bilhões (US$ 760 milhões) que seria pago com a venda de ativos, disseram três pessoas com conhecimento do assunto na semana passada.

A participação da OAS na Invepar, operadora de aeroportos e pedágios, poderia ser usada como garantia para os empréstimos, disseram as pessoas, que solicitaram anonimato porque as negociações são confidenciais.

Outros ativos também poderão ser usados como garantia.

A empresa disse em outubro que desenvolve suas atividades com integridade, guiada pela conduta ética e pelo respeito às leis, e que irá esperar a conclusão das investigações para fazer novos comentários sobre as acusações de corrupção.

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