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Credor da OGX questiona pagamento de US$ 449 milhões à OSX

“Há muita preocupação entre os credores da OGX diante da falta de informações para justificar o pagamento


	A OGX tem US$ 3,6 bilhões em bônus de dívida emitidos no exterior, com vencimento em 2018 e 2022
 (Divulgação/OGX)

A OGX tem US$ 3,6 bilhões em bônus de dívida emitidos no exterior, com vencimento em 2018 e 2022 (Divulgação/OGX)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 09h14.

São Paulo - A empresa de advocacia norte-americana Bingham McCutchen, especializada em casos de reestruturação de dívida, insolvência e litígios corporativos, e a corretora Nomura realizaram nesta quarta-feira, 10, uma conferência telefônica com detentores de bônus de dívida da OGX, disseram fontes próximas a ambos.

Uma das questões levantadas foi o pagamento de US$ 449 milhões à OSX em compensação aos gastos que a empresa teve com uma encomenda cancelada pela petroleira.

A OGX tem US$ 3,6 bilhões em bônus de dívida emitidos no exterior, com vencimento em 2018 e 2022. “Há muita preocupação entre os credores da OGX diante da falta de informações para justificar o pagamento”, disse uma fonte da Bingham ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

“Os credores temem que a OGX não esteja pagando um valor justo, em outras palavras, repassando dinheiro para a OSX por qualquer outra razão. Não sabemos o que estão fazendo, não sabemos o que diz o contrato entre ambas companhias, se especificam esse pagamento, de que forma, por qual valor.”

Segundo a fonte, embora a companhia tenha divulgado alguns detalhes, não respondeu o que a OGX ganha com isso, prosseguiu. “Nossa experiência diz que quando uma empresa envia muito dinheiro para um afiliado e não explica o motivo, normalmente é injusto”, acrescentou.

A mesma fonte disse ainda que a exposição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na OGX e na OSX traz questionamentos. “A exposição do BNDES na OSX é muito maior do que na OGX e há dúvidas se tal pagamento não acabará beneficiando o banco e prejudicando os credores”, afirmou.

Procurado, o BNDES reiterou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a exposição direta atual do banco ao Grupo EBX, o conglomerado que reúne as empresas de Eike Batista, representa uma parcela muito pequena do patrimônio líquido de referência do BNDES.

O banco também ressaltou que, do volume total contratado, nem tudo foi liberado. O valor total das operações contratadas com o Grupo EBX, é de R$ 10,4 bilhões. O BNDES não revela qual é o valor contratado por cada uma das empresas.

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