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Crédito liberado pelo PanAmericano é recorde em dezembro

Banco liberou 1 bilhão de reais em empréstimos; montante é o maior da história do banco já registrado em um mês

Panamericano: prejuízo somou mais de 140 milhões de reais em dezembro (Divulgação)

Panamericano: prejuízo somou mais de 140 milhões de reais em dezembro (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 11h50.

São Paulo - Apesar dos escândalos que envolveram o PanAmericano, em 2010, o banco no último mês do ano conseguiu liberar 1 bilhão de reais em crédito. O valor é o maior da história do banco já aprovado em um único mês. Segundo Celso Costa, diretor-superintendente do banco, a cada trimestre, o PanAmericano costuma aprovar cerca de 1,5 bilhão de reais. “O PanAmericano tem capacidade de gerar entre 10 e 12 bilhões de reais de ativos em 2011”, afirma.

Da quantia liberada em dezembro, 60% do valor foi destinado a financiamento para pessoa física. No middle corporate, a atuação do banco ainda é tímida. Cerca de 15% do montante liberado foi destinado ao segmento,  mas deve dobrar de tamanho no decorrer de 2011. “A entrada do BTG Pactual vai acelerar nossa  performance com segmento”, diz Raphael Rezende, diretor de controle e relações com investidores do PanAmericano.
 
Prejuízo
 
O balanço divulgado pela instituição financeira nesta quarta-feira (16/2) apontou que, apenas em dezembro, o banco apresentou prejuízos de 142 milhões de reais. A instituição não apresentou nenhum balanço trimestral. Os números referem-se apenas ao último mês do ano. De acordo com Costa, é impossível fazer qualquer comparação com resultados anteriores, uma vez que os balanços passados não são confiáveis. “Trata-se de um banco novo, que acabou de renascer. Não temos como responder por divulgações anteriores”, diz o executivo.
 
Os resultados apresentados também confirmaram o rombo de 4,3bilhões de reais. Do prejuízo total, 1,6 bilhão é referente à carteira de crédito insubsistente; 1,7 bilhão de reais a passivos não registrados de operações de cessão liquidados;  500 milhões a irregularidades na constituição de provisão para perda de crédito; 300 milhões referentes a ajustes de marcação de mercado e 200 milhões referente a outros ajustes.

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