Negócios

CPFL Renováveis tem lucro líquido de R$ 51,24 milhões no 4º trimestre

No acumulado do exercício, a companhia anotou um lucro líquido de R$ 19,6 milhões, ante uma perda de R$ 143,7 milhões em 2016

CPFL: receita líquida da geradora de energia renovável do grupo Energia somou R$ 591 milhões entre outubro e dezembro (CPFL Brasil/Divulgação)

CPFL: receita líquida da geradora de energia renovável do grupo Energia somou R$ 591 milhões entre outubro e dezembro (CPFL Brasil/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2018 às 20h55.

Última atualização em 22 de março de 2018 às 22h51.

São Paulo - O crescimento da capacidade instalada da CPFL Renováveis e sua estratégia de comercialização de energia levaram a companhia a registrar melhor desempenho no quarto trimestre do ano passado e um resultado histórico no exercício de 2017: o primeiro lucro desde sua Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em Inglês), em 2013.

A companhia anotou um lucro líquido de R$ 51,243 milhões entre outubro e dezembro, revertendo o prejuízo líquido de R$ 26,2 milhões do mesmo período do ano anterior. No acumulado do exercício, a companhia anotou um lucro líquido de R$ 19,6 milhões, ante uma perda de R$ 143,7 milhões em 2016. Com o resultado positivo,a companhia propôs a distribuição de dividendos de R$ 3,6 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também apresentou avanço significativo, de 31,5% no quarto trimestre, para R$ 354,352 milhões, enquanto a margem Ebitda cresceu 6,2 pontos porcentuais, para 59,9%. Em 12 meses, o Ebitda totalizou R$ 1,22 bilhão, com alta de 23%, enquanto a margem subiu 2,1 p.p., para 62,4%.

A receita líquida da geradora de energia renovável do grupo CPFL Energia somou R$ 591 milhões entre outubro e dezembro, o que corresponde a um aumento de 17,8% frente o apurado nos mesmos meses de 2016. A receita totalizou R$ 1,959 bilhão em 2017, alta de 19% frente o ano anterior.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da CPFL Renováveis, Alessandro Gregori, afirmou que o desempenho reflete o início de operação comercial de novos projetos, desde o segundo semestre de 2016, e ainda a estratégia de descontratação de energia no mercado regulado para revendê-la no mercado livre, a um preço mais elevado. "Tivemos cinco anos de investimento intensivo, com grande crescimento de capacidade instalada e agora temos uma plataforma em operação relevante e isso tem resultado no lucro que conseguimos apurar em 2017", disse.

Somente desde setembro do ano passado, a companhia aumentou seu portfólio em operação em 9,3% - ou de 2,4% desde dezembro -, para 2.102 MW, reflexo da entrada em operação dos complexos eólicos Campo dos Ventos e São Benedito, que acionaram suas máquinas gradualmente a partir de maio do ano passado até dezembro, ampliando em 231 MW a capacidade da companhia, e ainda do complexo eólico Pedra Cheirosa, de 48,3 MW, com entrada em operação em junho de 2017.

Esses projetos propiciaram um crescimento de 1,2% no montante energia gerada entre outubro e dezembro, para 1,878 gigawatts-hora (GWh), e de 3,5% no acumulado do ano, para 6,772 GWh.

A energia proveniente do projeto Pedra Cheirosa, que entrou em operação com 11 meses de antecipação em relação à sua obrigação contratual, foi negociada no mercado de curto prazo ao preço spot (Preço de liquidação das diferenças - PLD), que atingiu valores elevados no segundo semestre de 2017.

Além disso, como no terceiro trimestre, a CPFL Renováveis também se beneficiou de sua participação no Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) de energia nova, por meio do qual a companhia descontratou um volume total de 91,2 MW médios comprometidos junto às distribuidoras, liberando o montante para ser comercializado no mercado livre, a preços mais elevados.

Acompanhe tudo sobre:CPFLEnergia

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares