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CPFL negocia entrada em consórcio de Belo Monte

O diretor presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, confirmou ontem que negocia com o consórcio formado por Camargo Corrêa e Odebrecht para participar da disputa pela hidrelétrica de Belo Monte. Segundo ele, o projeto pode ser um importante diferencial para os rumos da CPFL. "É um empreendimento que entendemos ser relevante na história de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O diretor presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, confirmou ontem que negocia com o consórcio formado por Camargo Corrêa e Odebrecht para participar da disputa pela hidrelétrica de Belo Monte. Segundo ele, o projeto pode ser um importante diferencial para os rumos da CPFL. "É um empreendimento que entendemos ser relevante na história de crescimento na geração da CPFL", disse em teleconferência com investidores.

Apesar de afirmar que negocia sua participação no consórcio, Ferreira Júnior levantou dúvidas sobre valores e condições projetadas para o projeto. Questionado por um analista sobre a previsão inicial da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de que o valor necessário para viabilizar o investimento seria de R$ 16 bilhões, excluídas as exigências ambientais, ele descartou o montante.

"Acho muito difícil viabilizar um empreendimento desse porte por esse preço. Não somos uma construtora, mas se olharmos o preço declarado para Belo Monte e Jirau (Rio Madeira), acho difícil. Nenhuma obra nossa (da CPFL) tem preços semelhantes a esse", afirmou.

Na análise feita sobre o projeto, que incluiu pontos como a capacidade de produção firme de energia e o modelo de venda de energia (nos mercados livre ou cativo), Ferreira Júnior citou a que os projetos no Rio Madeira devem mobilizar ao menos R$ 20 bilhões. "Por isso seria razoável imaginar que Belo Monte deveria custar no mínimo esse valor", ressaltou.

Tarifa

O executivo também questionou o preço da tarifa. "Diferentemente do Madeira, onde há 65% de fator de capacidade, nesse empreendimento você terá menos do que 45%, o que já uma diferença de produção de uma usina para outra por megawatt instalado próximo de 50%", afirmou. "Ou seja, uma máquina no Rio Madeira produzirá 50% mais energia do que uma máquina em Belo Monte. E isso também não pode ser ignorado", completo.

O preço-teto projetado inicialmente para Belo Monte é de R$ 68 por megawatt/hora, abaixo do valor definido para Santo Antônio, de R$ 78,87 o megawatt/hora, e de R$ 71,40 o megawatt/hora em Jirau.

Dessa forma, Ferreira deixa claro que ainda espera por novos preços para a viabilização de Belo Monte. Até lá, o executivo acha que o papel fundamental do governo federal será estimular a concorrência no projeto. "É certo que o preço da tarifa vai ser competitivo com as fontes existentes hoje, por isso o preço-teto não é o que importa. O fundamental é desenvolver a competição."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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