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Covid pode eliminar 174 milhões de empregos em turismo em 2020

A atual estimativa da principal associação global do setor ainda é melhor do que a anterior, que previa 197 milhões de empregos perdidos

Paris: destino almejado (Benoit Tessier/Reuters)

Paris: destino almejado (Benoit Tessier/Reuters)

DG

Denyse Godoy

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 09h21.

Última atualização em 30 de outubro de 2020 às 13h47.

A pandemia do novo coronavírus pode eliminar 174 milhões de empregos em viagens e turismo neste ano, de acordo com estimativa atualizada da principal associação global do setor, que alertou para um "colapso total" se não houver mais ajuda.

Embora impressionantes, os números mais recentes do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) representa uma melhora de 12% em relação à projeção anterior de que 197 milhões empregos poderiam ser eliminados. O grupo citou a retomada das viagens domésticas na China, onde os voos voltaram aos níveis de 2019, como o principal fator para a revisão.

As restrições às viagens destinadas a combater a propagação do coronavírus encolhem a receita de companhias aéreas, hotéis, locadoras de veículos e de outras empresas representadas pelo WTTC. A organização repetiu os apelos do setor aos governos para suspender as restrições de viagens e substituí-las por programas de teste e rastreamento.

"A recuperação do setor será adiada ainda mais, com mais empregos perdidos, a menos que as quarentenas sejam substituídas por testes rápidos e econômicos em aeroportos no embarque e corredores aéreos", disse Gloria Guevara, presidente do WTTC, em comunicado. "Quanto mais esperarmos, mais o frágil setor de viagens e turismo corre risco de um colapso total."

O grupo estima que as restrições às viagens podem eliminar 4,7 trilhões de dólares da contribuição da indústria para o PIB global.

Embora alguns testes para coronavírus e as chamadas bolhas de viagem já estejam disponíveis em aeroportos, o avanço é lento devido ao processo complicado e relutância de autoridades de saúde em agravar a propagação da covid-19.

O novo apelo do setor coincide com o avanço dos casos de covid-19 em mercados-chave como Europa e Estados Unidos, que levam governos a aumentar restrições à mobilidade.

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