Negócios

Cosan vê boas perspectivas para o etanol em 2015

Companhia avaliou que existem dois potenciais fatores favoráveis em 2015 para a indústria de etanol


	Caminhão da Cosan é carregado de cana de açúcar para a produção de etanol
 (JC Franca/Bloomberg News)

Caminhão da Cosan é carregado de cana de açúcar para a produção de etanol (JC Franca/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 18h10.

São Paulo - A Cosan avaliou nesta quarta-feira que existem dois potenciais fatores favoráveis em 2015 para a indústria de etanol, que tem enfrentado dificuldades nos últimos anos em meio a políticas do governo desfavoráveis para o combustível.

"Há dois upsides potenciais para o negócio de etanol que nem sequer estão expressos em nosso guidance", disse Vasco Dias, presidente da Raízen, joint venture da Cosan e da Shell.

Falando antes de evento de investidores no Cosan Day, em São Paulo, o presidente da maior produtora de açúcar e etanol do Brasil disse que novas medidas do governo poderão em breve aumentar os lucros da empresa.

A primeira medida possível tem relação com a reintrodução de uma taxa sobre a gasolina conhecida como Cide, o que permitiria que o etanol recuperasse alguma parcela do mercado de combustíveis de veículos leves que perdeu nos últimos anos, disse Dias.

Ao longo dos últimos anos, o governo tem procurado conter a inflação mantendo o preço da gasolina controlado. Uma das estratégias para isso foi eliminar a Cide (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico), o que prejudicou a competitividade do etanol.

Fonte do governo consultada pela Reuters nesta quarta-feira disse que está em análise o aumento da alíquota da Cide sobre combustíveis, zerada desde 2012.

De acordo com a fonte, além de gerar receita anual superior a 10 bilhões de reais, o tributo vai melhorar a competitividade do etanol no mercado brasileiro.

A Cide foi de 28 centavos por litro antes de o governo eliminá-la.

Além disso, Dias disse que o governo poderia, no próximo ano, aumentar o limite máximo da faixa de mistura de etanol na gasolina para 27,5 por cento, ante o teto atual em vigor de 25 por cento, e com isso aumentar a demanda pelo etanol anidro.

O governo está em fase final de estudos de viabilidade sobre os efeitos da mistura maior.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasCosanAlimentos processadosAtacadoComérciogestao-de-negociosEnergiaCommoditiesEstratégiaCombustíveisCana de açúcarEtanolBiocombustíveis

Mais de Negócios

Nordeste cresce acima da média nacional e é motor da sustentabilidade, diz presidente do BNB

Uma das maiores venture builders da América Latina quer investir em rejeitados do ‘Shark Tank’

Quais são as 10 empresas do varejo brasileiro que mais cresceram em 2024? Veja quanto elas faturam

As 10 varejistas com o maior número de empregados no Brasil