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Cosan diz que marca Esso deve desaparecer

Segundo executivo, a marca Shell tende a prevalecer na nova estrutura formada pela joint venture com a Shell

Sobre a associação com a Shell, Ometto declarou que ainda não pode divulgar dados referentes à sinergia gerada (.)

Sobre a associação com a Shell, Ometto declarou que ainda não pode divulgar dados referentes à sinergia gerada (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Sertãozinho - O presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, disse hoje que a tendência é de que a marca Esso desapareça no médio prazo, dentro da nova estrutura formada pela joint venture (associação) com a Shell, confirmada na semana passada. Segundo o executivo, a marca Shell tende a prevalecer.

"Tudo está sendo organizado, mas é natural que a Shell tenha prioridade", informou.

Ometto participa hoje do 12º Fórum Internacional sobre o Futuro do Álcool, que está sendo realizado em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O evento faz parte da Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira (Fenasucro).

Ele afirmou que a redução dos impostos incidentes sobre o etanol seria a medida mais eficaz para acabar com a sonegação fiscal no setor. Ometto citou o exemplo do Estado de São Paulo, que reduziu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 12%, e que deveria ser seguido pelos demais Estados. "A equalização do ICMS depende de vontade política e, nesse sentido, o Estado de São Paulo é um exemplo a ser seguido."

O presidente da Cosan disse não compartilhar com as críticas do setor sucroalcooleiro em relação à atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O executivo afirmou que não tem queixas sobre a atuação do banco em relação à Cosan. "O BNDES sempre agiu de forma profissional com a Cosan", informou.

Ometto declarou também que o governo ainda não entendeu a importância da bioeletricidade gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar para abastecer a matriz energética brasileira. "Os preços que estão sendo ofertados nos leilões são inviáveis", reclamou.

Ele garantiu que a palha de cana, por exemplo, que não está sendo utilizada, poderia contribuir de forma expressiva no abastecimento de energia elétrica no País. Segundo ele, o governo poderia oferecer em um primeiro momento preços melhores que permitissem que as usinas "retrofit" se equipassem.

Sobre a associação com a Shell, Ometto declarou que ainda não pode divulgar dados referentes à sinergia gerada pelo acordo.

Ele disse, no entanto, que essa sinergia não virá apenas da rede de postos de combustíveis, mas também a partir das áreas de tecnologia da informação, financeira e administrativa das empresas. Ometto foi agraciado hoje com o título de Presidente de Honra da Fenasucro 2010. "Agora aqui quem manda sou eu", brincou, ao ser empossado na presidência do evento.

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