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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
A Cosan, principal empresa brasileira do setor sucroalcooleiro, enviou um comunicado à Bovespa informando que a inclusão da companhia no Cadastro de Empregadores que mantêm funcionários em condições semelhantes ao trabalho escravo - a chamada “lista suja” do Ministério do Trabalho - não teve impactos negativos nos negócios da empresa.
Segundo o comunicado assinado pelo diretor de Relações com Investidores, Marcelo Martins, a empresa não constatou nenhuma alteração nos benefícios fiscais ou relacionados a crédito concedidos pelo governo decorrente do período em que fez parte da lista.
A Cosan também lembrou que a suspensão de operações com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve duração de apenas alguns dias, já que, após a concessão de uma liminar por meio do Tribunal Regional do Trabalho que retirou a empresa a lista suja, os financiamentos foram retomados.
Em 31 de dezembro de 2009, a Cosan foi incluída na “lista suja” após uma operação montada pelo Ministério do Trabalho que constatou irregularidades dos vínculos empregatícios e nas acomodações dos trabalhadores da empresa José Luiz Bispo Colheita, que realiza corte de cana no interior de São Paulo e já prestou serviços para a Cosan.
A sucroalcooleira, porém, alegou que a antiga parceira prestava serviços para diversas produtoras. O argumento foi acolhido pela Justiça, que determinou a retirada da Cosan da lista suja. O Ministério do Trabalho ainda avalia recorrer da decisão.