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Corte de custos de BB e Caixa é positivo para ratings, diz Fitch

Segundo a agência de risco, as medidas devem ser positivas para perfis de crédito dos bancos nos médio e longo prazos

Fitch: BB anunciou em novembro um pacote de redução de custos envolvendo oferta de aposentadoria antecipada (Brendan McDermid/Reuters)

Fitch: BB anunciou em novembro um pacote de redução de custos envolvendo oferta de aposentadoria antecipada (Brendan McDermid/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 14h20.

São Paulo - O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal devem ter melhora da rentabilidade e dos níveis de capital como resultado dos cortes de custos anunciados recentemente e maior foco em atender as exigências de capital, comentou em relatório nesta sexta-feira a agência de classificação de risco Fitch.

Segundo a Fitch, as medidas devem ser positivas para perfis de crédito dos bancos nos médio e longo prazos.

O BB anunciou em novembro um pacote de redução de custos envolvendo oferta de aposentadoria antecipada a quase 20 por cento dos empregados e fechamento ou redução de cerca de 800 agências.

Nesta semana, a Caixa também lançou um plano de demissão incentivada para 10 mil funcionários, o que reduziria as despesas com pessoal em cerca de 1,5 bilhões por ano, além do fechamento de cerca de 120 agências.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital dos acionistas, tem sido bem menor no BB e na Caixa do que nos grandes bancos privados do país.

No terceiro trimestre, o índice, conhecido no jargão do setor como ROE, do Bradesco foi de 17,6 por cento e o do Itaú Unibanco, de 19,9 por cento. Na Caixa, o índice foi de 6,5 por cento, e no BB, de 9,6 por cento.

Para a Fitch, o BB deve começar a ver os resultados de sua campanha de redução de custos mais rapidamente, enquanto a posição patrimonial da Caixa permanece mais fraca e é muito cedo para medir os resultados das novas medidas.

"Os riscos para a qualidade de ativos continuam a ser um problema persistente para ambos os bancos e a Fitch espera as provisões para perdas com inadimplência de ambos continuem a crescer em 2017", diz trecho do relatório.

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