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Correios enfrentam crise política

Brasília - A imposição de realização de licitação para a contratação de franquias dos Correios é uma tentativa de moralização importante. Afinal, elas representam pouco mais de 10% da rede de lojas da estatal, mas têm peso de cerca de 30% em movimento e receita. Algumas, inclusive, estão localizadas em pontos nobres das grandes cidades. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - A imposição de realização de licitação para a contratação de franquias dos Correios é uma tentativa de moralização importante. Afinal, elas representam pouco mais de 10% da rede de lojas da estatal, mas têm peso de cerca de 30% em movimento e receita. Algumas, inclusive, estão localizadas em pontos nobres das grandes cidades.

Um dos únicos critérios para contratar esse tipo de loja é ter um custo menor que a loja própria. Talvez fosse uma análise mais refinada, que levasse em conta não só os custos de manutenção, mas também as estimativas de arrecadação.

A crise dos Correios pode ser vista também como uma crise política. Depois que a eficiência da estatal foi posta em xeque com atrasos absurdos nas entregas de correspondências e encomendas e explosão de reclamações de consumidores, o PMDB, que comanda a empresa, teve que tomar uma atitude para prestar contas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Padrinho de boa parte das indicações, o partido entregou no último dia 16 a cabeça do diretor de Operações dos Correios, Marco Antonio Oliveira, conforme antecipou a Agência Estado. A proposta de demissão de Oliveira já vinha sendo discutida desde maio.

Apesar da insatisfação com a qualidade dos serviços da estatal, porém, Lula tem evitado fazer uma mudança drástica, que atingiria o presidente da estatal, Carlos Henrique Custodio, para não criar problemas com o PMDB, aliado do PT na campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República.

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