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Correios devem reabrir PDV para cortar mais 5,46 mil vagas

A redução do quadro de empregados representaria uma economia mensal de R$ 54,5 milhões na folha de pagamento

Correios: o plano foi aprovado na quarta-feira (16) (Lia Lubambo/Site Exame)

Correios: o plano foi aprovado na quarta-feira (16) (Lia Lubambo/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de agosto de 2017 às 17h41.

São Paulo - Em nova medida para reduzir as despesas da estatal, que tem mais um ano de prejuízo, os Correios devem reabrir no mês que vem seu programa de demissões voluntárias.

O objetivo agora é reduzir o quadro em 5,46 mil empregados, o que representaria uma economia mensal de R$ 54,5 milhões na folha de pagamento.

Após passar pelos departamentos jurídico e de recursos humanos, o plano foi aprovado na quarta-feira, 16, pela diretoria da companhia e agora só depende de aprovações burocráticas, como a autorização do conselho de administração e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para ser anunciado.

Embora tenha tido um grande número de adesões, com 6,26 mil desligamentos - permitindo à empresa reduzir em R$ 68,6 milhões os gastos mensais com pagamentos de salários, ou R$ 543,5 milhões até o fim do ano -, o programa de demissões voluntárias executado durante o primeiro semestre ficou aquém do objetivo dos Correios de cortar 8,2 mil empregados e enxugar a folha em R$ 72,9 milhões por mês.

Essas metas foram revistas para cima e, com a reabertura do programa, o objetivo passa a ser cortar, neste ano, 10% de um efetivo que, antes do processo de enxugamento da folha, somava aproximadamente 117 mil empregados.

Se conseguir isso, a estatal vai reduzir em R$ 123 milhões por mês os gastos com salários a partir de 2018.

A ideia é reabrir o programa de demissões a empregados que trabalham há pelo menos 15 anos na companhia de serviços postais.

Para ampliar o público elegível do que é chamado pela empresa de Plano de Desligamento Incentivado (PDI), foi retirado o requisito que restringia a possibilidade de adesão aos funcionários com, no mínimo, 55 anos de idade.

O prazo da nova etapa do PDI vai de setembro até o fim do ano. Procurada, a estatal confirmou que está avaliando a reabertura do plano.

A proposta da companhia, conforme apurou o Estadão/Broadcast, é parcelar a indenização oferecida como incentivo aos pedidos de demissões em pagamentos mensais, limitados a um teto de R$ 10 mil, pelo prazo de até oito anos.

Nas contas dos Correios, as condições do programa são atraentes a um contingente de 9,1 mil funcionários. A meta é que 60% desse total deixe a companhia. Só entre carteiros, o objetivo é tirar 2 mil profissionais das ruas.

Segundo relatório apresentado na reunião da diretoria que aprovou a proposta, o relançamento do PDI é necessário para cortar gastos com pessoal e adequar o efetivo à nova realidade econômica.

Mesmo após implementar outras medidas para reequilibrar as finanças, como a redução de cargos gerenciais e técnicos, a empresa prevê encerrar 2017 com prejuízo.

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