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Corpbanca pode acertar fusão nos próximos dias

Espanhol BBVA e o brasileiro Itaú Unibanco tomaram a dianteira no negócio


	Agência do CorpBanca: banco é o quarto maior do Chile e também tem operações na Colômbia
 (Wikimedia Commons/Carlos yo)

Agência do CorpBanca: banco é o quarto maior do Chile e também tem operações na Colômbia (Wikimedia Commons/Carlos yo)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 16h53.

Santiago/São Paulo - O banco chileno Corpbanca deve chegar a um acordo nos próximos dias sobre a fusão de seus negócios com um banco com atuação internacional, disseram nesta quarta-feira à Reuters duas fontes com conhecimento das negociações, nas quais tomaram a dianteira o espanhol BBVA e o brasileiro Itaú Unibanco.

Corpbanca, controlado pelo grupo CorpGroup, disse na semana passada que analisa uma possível união de seus negócios com outros bancos nacionais ou estrangeiros.

"São os dois que estão muito avançados", disse à Reuters uma fonte do CorpGroup, referindo-se ao BBVA e ao Itaú.

O multimilionário Alvaro Saieh, dono do CorpGroup, está nos Estados Unidos acertando detalhes da operação que, segundo a imprensa chilena, poderia chegar a 5 bilhões de dólares.

O Corpbanca é o quarto maior banco privado do Chile e também tem operações na Colômbia.

Os interessados estão tentando comprar uma participação que permita obter o controle operacional do Corpbanca, disse uma das fontes.

A imprensa local tem dito que Saieh, que possui 55 por cento de participação no Corpbanca, segundo dados da Reuters, busca criar um gigante regional e manter uma participação no banco após a fusão.

"O negócio poderia ser fechado nesta semana ou no início da próxima", acrescentou a fonte do CorpGroup.

Uma fonte do Itaú confirmou sua participação no processo e que o negócio poderia ser concluído rapidamente porque o vendedor está em busca de uma solução rápida.

Corpbanca, Itaú e BBVA não quiseram fazer comentários.

A negociação ocorre em meio a uma crise do CorpGroup por problemas financeiros em sua controlada SMU.

A agência Moody's reduziu na terça-feira a classificação da SMU de B3 para Caa1 com perspectiva negativa devido a seu alto endividamento.

As ações do Corpbanca subiam 2,28 por cento, a 6,827 pesos, nesta tarde na Bolsa de Santiago.

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