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Coronavírus: Airbnb suspende reservas em Pequim até março

Empresa oferecerá reembolso a todos os afetados e aos que cancelarem as reservas

Pequim: até domingo, autoridades de saúde da cidade haviam confirmado 337 casos, incluindo duas mortes (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Pequim: até domingo, autoridades de saúde da cidade haviam confirmado 337 casos, incluindo duas mortes (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 10h59.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2020 às 11h00.

São Paulo — O Airbnb decidiu suspender a hospedagem em todas suas unidades de Pequim até março para cumprir os regulamentos locais destinados a conter o surto de coronavírus que se espalha pela China.

A empresa de São Francisco disse em comunicado que oferecerá reembolso a todos os afetados e aos que cancelarem as reservas. A medida atende a uma política municipal, disse o Airbnb, embora a assessoria de imprensa do governo de Pequim não tenha respondido às ligações da Bloomberg News em busca de comentários.

A rival chinesa Xiaozhu decidiu tomar as mesmas medidas que o Airbnb. O grupo vai cancelar todas as reservas em Pequim em fevereiro, reembolsará completamente as reservas existentes e suspenderá as taxas de comissão de proprietários, disse em comunicado. Ainda não está claro se outras empresas do setor como Tujia, financiada pela Trip.com, vão seguir o exemplo.

Em seu aplicativo móvel, a Trip.com disse que “algumas” reservas de apartamentos em Pequim foram suspensas e que recomendou que usuários se hospedem em hotéis.

“À luz do novo surto de coronavírus e das estimativas de autoridades locais para o setor de aluguel de temporada durante esta emergência de saúde pública, as reservas de todas as listagens em Pequim com check-in de 7 de fevereiro de 2020 a 29 de fevereiro de 2020 foram suspensas”, disse o Airbnb em comunicado. A empresa “reconhece que as medidas de controle da doença estão causando interrupções gerais nas viagens, que também afetam nossa comunidade de hóspedes e anfitriões”.

Autoridades de saúde da China e do mundo tentam avaliar se a maior quarentena do mundo tem sido eficaz para conter o vírus causador da pneumonia na província central de Hubei, uma região sem litoral com 60 milhões de habitantes.

As infecções aumentam em outras regiões do país e Pequim é um dos destinos turísticos mais populares. Até domingo, autoridades de saúde de Pequim haviam confirmado 337 casos, incluindo duas mortes.

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