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Corinthians quer abrir uma universidade no Itaquerão

A proposta foi enviada há cerca de duas semanas para a Estácio e incluía um esquema de patrocínio na camisa do time de futebol

Arena Corinthians: Região no entorno do estádio já abriga uma faculdade de ensino técnico mantida pelo governo paulista (Tony Gentile/Reuters)

Arena Corinthians: Região no entorno do estádio já abriga uma faculdade de ensino técnico mantida pelo governo paulista (Tony Gentile/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 18h23.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2018 às 18h24.

São Paulo - O Corinthians tem planos de abrir uma universidade no estádio do clube em Itaquera, na cidade de São Paulo, e já fez contato com algumas instituições de ensino potencialmente interessadas no projeto, entre elas a Estácio Participações, segunda principal empresa de educação superior do país e uma das cinco maiores do mundo.

"A gente recebe propostas o tempo inteiro e recebemos uma do Corinthians cogitando a possibilidade de abrirmos um polo (de ensino) à distância dentro do Itaquerão (Arena Corinthians)", disse à Reuters Cláudia Romano, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da Estácio Participações.

A proposta foi enviada há cerca de duas semanas para a executiva e incluía um esquema de patrocínio na camisa do time de futebol, o que segundo ela não seria o foco da companhia.

Atualmente, a Estácio apoia mais de 400 atletas com bolsas de estudos, incluindo a ex-ginasta Lais Souza, a judoca Rafaela Silva, o jogador de basquete Marcelinho e o tenista Bruno Soares. A empresa ainda tem parcerias com vários clubes de diversas modalidades esportivas no país por meio de renúncia fiscal.

"Patrocinar time de futebol não está em nossas diretrizes, mas em termos de operação pode ser que tenhamos interesse (em abrir polo EAD na Arena Corinthians)", explicou Cláudia. A executiva ressaltou, contudo, que as conversas estão "muito cruas" e a Estácio ainda vai destacar um executivo de operações para conduzir um estudo mais aprofundado. "Estamos analisando a proposta como tantas outras", completou.

Questionado sobre o ponto de vista operacional da eventual parceria, o presidente da companhia, Pedro Thompson, destacou que a região em que está localizada a Arena Corinthians dispõe de uma densa demografia, com população de jovens dentro dos perfis B e C atendidos pela Estácio.

O bairro de Itaquera, segundo dados da prefeitura de São Paulo, tem mais de 200 mil moradores. A região no entorno do estádio corintiano já abriga uma faculdade de ensino técnico mantida pelo governo paulista.

Às 16:25 (horário de Brasília), as ações da empresa cediam 0,7 por cento, cotadas a 33,66 reais, enquanto o Ibovespa subia 1,6 por cento. Em 2018, contudo, os papéis da Estácio ainda acumulam alta de 2,3 por cento.

A ideia do Corinthians de abrir uma universidade no estádio não é recente, contou o diretor de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg. "É um anseio que o Corinthians já tinha e que é uma tentativa de reproduzir no Brasil o que acontece na arena do River Plate, que tem do maternal até a universidade", explicou.

Rosenberg revelou que o Corinthians chegou a discutir essa possibilidade com a Universidade Brasil quando acertou a estampa da marca da instituição de ensino na camisa alvinegra, mas as negociações não avançaram.

Ainda de acordo com ele, o clube não tem pressa para escolher a universidade que ocupará a arena. "A universidade entra lá e não sai mais, então vamos fazer isso com calma", comentou o diretor de marketing do Corinthians.

(Com reportagem adicional de Tatiana Ramil)

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