Zita Oliveira, gerente sustentabilidade da Unilever Brasil: que a solução para a gestão de resíduos passa pelo esforço de reinseri-los na economia (Unilever/Divulgação)
Marina Filippe
Publicado em 31 de outubro de 2021 às 08h00.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 12h48.
A Unilever Brasil vai representar o país e mostrar os resultados dos esforços que estão promovendo no uso sustentável do plástico na Conferência das Partes, a COP26, que ocorre na primeira quinzena de novembro em Glasgow, na Escócia.
A EXAME estará na COP26. Acompanhe as novidades em primeira mão
A companhia mostrará como avança na agenda de redução do uso do plástico virgem e aumento do uso de plástico reciclado no portfólio, buscando influenciar a economia circular do material nos últimos anos no Brasil.
A companhia utiliza, por exemplo, resina pós-consumo em larga escala, atribuindo valor ao plástico e fomentando a cadeia de reciclagem. As principais iniciativas e resultados serão tema do evento no dia 9.
Esta atuação, que está sendo reconhecida por ser selecionada para a COP26, está em linha com a nova estratégia de negócio apresentada pela Unilever globalmente, o Unilever Compass, o qual se baseia nos critérios e premissas ESG e se compromete, até 2025, a reduzir em 50% o uso de plástico virgem; a utilizar 25% de plástico reciclado em suas embalagens; e ter 100% das embalagens de plástico recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis.
Como parte desta jornada global, a Unilever Brasil evitou a destinação de cerca de 13 mil toneladas de plástico para aterros desde 2018, quando inovou com a marca TRESemmé ao substituir o plástico virgem por reciclado nas embalagens.
Além de diminuir a geração de resíduos plásticos, a iniciativa da empresa também contribuiu para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A reciclagem desta quantidade de plástico evitou a emissão de mais de 17 mil toneladas de CO2 para o meio ambiente ao longo do mesmo período.
Ao invés de ser descartado, esse material foi coletado, processado e retornou na forma de novas embalagens e, atualmente, todas as marcas de xampus, condicionadores, cremes para pentear, cremes de tratamento e de produtos para limpeza da casa da companhia utilizam resina reciclada em suas embalagens.
Usar outros materiais é uma das partes mais importantes da estratégia, sendo essencial para reduzir pela metade o uso de materiais plásticos virgens até 2025.
A diretriz adotada pela companhia envolve três esferas: menos plástico, melhor plástico, nenhum plástico.
Isto significa repensar como os produtos são projetados, desenvolvendo novos modelos de negócios e novas experiências de compra para os consumidores, substituindo o plástico por opções como metais, papel e vidro.
"Sabemos que a solução para a gestão de resíduos passa, necessariamente, pelo esforço de reinseri-los na economia e evitar que sejam descartados no meio ambiente. Para isso, a nossa atuação é pautada em inovar para reduzir, reutilizar e reciclar. Soma-se a isso o esforço em criar uma demanda consistente e de longo prazo por resina reciclada e, desta forma, promover o desenvolvimento sustentável da cadeia de reciclagem", afirma Zita Oliveira, gerente de sustentabilidade Latam da Unilever.
Unilever na COP26
A Unilever Brasil apresentará o case de circularidade do plástico no painel Economia Circular da COP26 que ocorre no pavilhão Brasil, dia 09/11, 3ª-feira, às 12 horas do horário de Brasília (15h de Glasgow, Reino Unido).
O painel poderá ser acompanhado on-line e contará com a participação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e da FIEMT (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso).
O convite para a apresentação foi feito pelo Ministério do Meio Ambiente e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que selecionou iniciativas de sustentabilidade para mostrar seus resultados práticos no evento.
A Unilever Reino Unido é patrocinadora da COP26. A companhia afirma que vai sua voz e influência para apoiar que os combinados no histórico Acordo de Paris, assinado em 2015, se transformem de fato em ação, fomentando o engajamento e a atitude de governos e setor privado para o combate aos impactos das mudanças climáticas.
Na ocasião do Acordo de Paris, em 2015, o mundo concordou com a necessidade de trabalhar para manter a elevação da temperatura global bem abaixo dos 2 °C e nos esforçar para limitá-la a 1,5 °C.
Globalmente, a Unilever tem como meta zerar as emissões até 2039, 11 anos antes do prazo limite estipulado pelo Acordo.