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Apresentado por GRUPO MALWEE

COP26: referência em moda sustentável, Grupo Malwee lança plano ESG 2030

De Glasgow, onde participa da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, empresa reafirma seu compromisso com o futuro da moda e da sociedade

Guilherme Weege, CEO do Grupo Malwee: em Glasgow, na Escócia, executivo participa de debate e apresenta compromissos da companhia para 2030 (Leandro Fonseca/Exame)

Guilherme Weege, CEO do Grupo Malwee: em Glasgow, na Escócia, executivo participa de debate e apresenta compromissos da companhia para 2030 (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 10 de novembro de 2021 às 15h00.

A indústria da moda gera impactos significativos para o meio ambiente. O setor é considerado o segundo que mais polui no mundo, sendo responsável por cerca de 10% da emissão global de CO2. Além disso, responde por cerca de 20% da poluição de rios e oceanos e por 23% dos produtos químicos consumidos no mundo.

O alento vem da iniciativa de empresas dispostas a encarar o problema de frente e buscar soluções capazes de tornar a moda mais sustentável e o seu consumo mais consciente. “Quando a gente vai comprar uma peça de vestuário, não imagina o que existe por trás dessa cadeia”, afirma Guilherme Weege, CEO do Grupo Malwee.

Em Glasgow, na Escócia, o executivo apresentou nessa quarta-feira, 10, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), o Plano ESG 2030 do grupo.

Esse é o segundo compromisso público assumido pela empresa, que em 2015 foi a primeira do setor de moda brasileira a lançar um Plano de Sustentabilidade com 16 metas para 2020.

Na época, o plano previa, por exemplo, a redução de 20% da emissão de gases de efeito estufa. Cinco anos depois, ao invés de 20%, a redução conquistada foi de 75%.

ESG: os desafios do mundo da moda

Entre os desafios do Grupo Malwee agora está o de alcançar uma redução adicional de 50% das emissões de gases de efeito estufa em suas operações e de 58% na cadeia de valor. Para atingir seus objetivos, as metas apresentadas hoje são baseadas na ciência e foram aprovadas pelo SBTi, organismo internacional de verificação e análise.

Vale lembrar que o grupo tem um plano ainda mais ousado para 2050 de acordo com a assinatura, em 2019, do “Business Ambition for 1.5 °C: Our Only Future”, da ONU, no qual se uniu a mais de 200 empresas globais comprometidas em zerar a emissão de CO2 até 2050.

“Vivemos um cenário mundial desafiador que exige mudanças concretas no jeito de fazer negócio e de nos relacionarmos com o planeta e com a sociedade. Muitas empresas pensam: ‘vamos comprar crédito de carbono e está tudo bem’. Mas nós pensamos diferente. Priorizamos a redução de emissões em nossa cadeia produtiva”, defende Weege.

ESG: as metas para 2030

Além das metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa, no documento apresentado durante a COP26, o Grupo Malwee assumiu outros compromissos. Entre eles está que 100% das roupas sejam produzidas com matérias-primas ou processos sustentáveis, além de promover a reciclagem e a logística reversa em toda sua cadeia de valor.

A empresa se compromete ainda a ter, pelo menos, 50% de mulheres em cargos de liderança e 35% de pessoas negras e/ou indígenas no seu quadro geral de funcionários.

Calças jeans da Malwee: produção consome apenas 250 ml de água (Malwee/Divulgação)

Jeans com apenas um copo d´água

Os primeiros passos já foram dados. A empresa é pioneira, no Brasil, em usar matérias-primas sustentáveis na produção de roupas como a malha feita da reciclagem de garrafas PET e o algodão desfibrado, derivado da reciclagem de retalhos de tecido.

Em 2019, o grupo, que já utiliza ingredientes naturais como extrato de amora no tingimento de tecidos, e cupuaçu para amaciar as fibras, implantou, de forma inédita na América Latina, uma lavanderia jeans com uma tecnologia que permite produzir peças com apenas um copo de água. No método tradicional, o consumo médio é de 100 litros por peça.

“Queremos mostrar que é possível fazer moda de um jeito diferente e conscientizar o consumidor que moda sustentável não é necessariamente mais cara”, explica Weege.

A empresa também figura entre as 20 marcas de moda mais transparentes do mundo, segundo o Índice de Transparência da Moda (ITM), e faz questão de abrir as portas de suas fábricas em Jaraguá do Sul (SC) e Pacajus (CE) para visitação.

“Não queremos ser sustentáveis sozinhos porque isso não muda o cenário; não muda o setor. A nossa venda anual é de 50 milhões de peças; enquanto o mercado global faz 80 bilhões de peças por ano. Precisamos dessa troca”.

Malwee Transforma

A Malwee – principal marca do grupo – também lança, na COP26, o Malwee Transforma, um laboratório para reunir iniciativas e incubar produtos e processos inovadores, que tenham menor impacto no meio ambiente e utilizem da melhor maneira possível os recursos naturais.

“O laboratório será um lugar de encontro para gerar parcerias, fortalecer e disseminar uma nova forma de consumir e produzir moda”, explica Guilherme Moreno, gerente de marketing da marca Malwee.

O projeto nasce com quatro frentes de atuação: o desenvolvimento e a evolução de produtos e collabs; um hub digital (e futuramente físico), para gerar conhecimento sobre produtos e melhores práticas; uma frente de compartilhamento de informações entre indústrias; e outra, em parceria com grandes instituições de ensino, voltada para a capacitação de profissionais rumo ao desenvolvimento de uma moda mais sustentável.

Além de apresentar o Plano de ESG do Grupo Malwee para 2030, Weege participou, em Glasgow, do painel “Ambição Net Zero: Como as empresas estão se preparando para o futuro carbono neutro?”, realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

“A grande expectativa é de que esses debates se transformem em ações práticas. Queremos mostrar que existe uma forma de fazer diferente e que essa forma não é, necessariamente, a mais cara. Ela demanda mais esforço, mas uma coisa é certa: as companhias vão ter de mudar, seja pelo amor, seja pela dor”, diz Weege.

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