EXAME é parceira oficial do Pacto Global da ONU na COP26, entenda importância do evento (EXAME/Exame)
Marina Filippe
Publicado em 23 de outubro de 2021 às 08h00.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 13h07.
Na primeira quinzena de novembro, líderes mundiais de governos, empresas e do terceiro setor se reúnem em Glasgow, na Escócia, para discutir ações de ESG na 26ª Conferência das Partes, a COP 26.
Na COP26, a EXAME é parceira oficial do Pacto Global da ONU. Acompanhe as notícias em primeira mão.
As decisões lá tomadas, influenciam e afetam a vida de todos uma vez que as mudanças climáticas, a produção de alimentos, emissões de carbono e outras pautas podem mudar o mundo para sempre.
De olho nisto, a EXAME preparou um conteúdo que explica o que é a COP26, sua importância e outros temas relacionados, como o que esperar do Brasil. O conteúdo também pode ser conferido em vídeo [veja abaixo].
A COP é a Conferência das Partes (Conference of the Parties, conforme o nome original) e trata das mudanças climáticas impulsionadas por ações humanas. Desde 1995, anualmente ocorre a reunião da Conferência das Partes, quando os países se reúnem para pensar em alternativas para controlar as mudanças climáticas. Antes disso, contudo, também houveram outros eventos importantes neste sentido, como o Rio 92.
A COP26 é uma das mais importantes da história. Em 2015 houve uma COP histórica, com o Acordo de Paris firmado por 195 países, no qual foram definidas as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), ou seja, as metas de redução de carbono de cada país.
A partir dali, ficou combinado que a cada cinco anos haveria uma revisão das metas, mas por conta da pandemia a revisão foi adiada para 2021, na COP26.
Na COP há ainda outra importante questão: a regulamentação do Artigo 6º do Acordo de Paris, que trata de um mercado de carbono global e tem o potencial de mudar a maneira como as empresas produzem, além de como os países transacionam entre si, acelerando então a mudança para a economia de baixo carbono.
Além disso, mesmo com as NCDs há a dificuldade de atingir o objetivo do Acordo de Paris: manter o aquecimento global abaixo de 2˚C em relação aos níveis pré-industriais, e com esforços para limitar o aumento da temperatura média em 1,5˚C.
Sabe-se ainda, de acordo com um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que avaliou 14 mil artigos científicos, que não há mais dúvidas de que as mudanças climáticas estão acontecendo de forma mais rápida e intensa, trazendo urgência para agir agora e frear o aquecimento global.
O Brasil será fortemente afetado pela possível regulamentação do mercado de carbono. Este é um mecanismo que pode ajudar a manter a Amazônia em pé e trazer mais investimentos para o país ao ter definições sobre quais as regras serão permitidas ou não dentro do mercado de carbono.
Isto acontece porque o Brasil tem facilidade para gerar créditos de carbono que, a depende da regulamentação, poderão ser vendidos aos outros países.
De maneira indireta também há o impacto das empresas em busca de mais sustentabilidade e menos emissões. Isto pode gerar inovação, empregos e lucratividade.
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), por exemplo, preparou uma carta com assinatura de 115 empresas. Considerando as companhias de capital aberto, há a soma de 1,1 trilhão de reais em faturamento, sendo elas cerca de metade do conjunto de assinaturas.
Abaixo, confira um vídeo sobre a COP26.