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Conversas sobre a criação do Carreçúcar começaram há 2 anos

Na época, sócio francês Casino participou das negociações, mas desta vez ficou de fora e pode impedir operação

Abilio Diniz, do Pão de Açúcar: conversas com executivos do Carrefour irritaram os sócios do Casino (Edu Lopes/Veja)

Abilio Diniz, do Pão de Açúcar: conversas com executivos do Carrefour irritaram os sócios do Casino (Edu Lopes/Veja)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 12h04.

São Paulo – A proposta de fusão entre Carrefour e Pão de Açúcar só se tornou oficial nesta terça-feira (28/6), mas há tempos Abílio Diniz tentava costurar um acordo. “Conversei com Abílio e Casino há dois anos sobre uma possível união com Carrefour”, diz Pércio de Souza, sócio-fundador da assessoria financeira Estáter, que também participou do acordo entre o Pão de Açúcar e as Casas Bahia.

As negociações voltaram a acontecer apenas neste ano com uma diferença: o Casino, que detém 36% do Grupo Pão de Açúcar, ficou fora da jogada. Aliás, somente Abílio Diniz, a Estáter e o banco de investimentos BTG Pactual, que fez a proposta da operação há um mês, discutiram o assunto.

“Em nenhum momento o Pão de Açúcar foi envolvido. O grupo só foi informado com o envio desta proposta”, conta Pércio. “Havia conversas anteriores com o fundo Blue Capital [um dos acionistas do Carrefour mundial] para analisar oportunidades de mercado.”

Sem a aprovação do Casino, que já considerou a negociação de Abílio Diniz como ilegal, a criação da Nova Pão de Açúcar (que une o Grupo Pão de Açúcar e a operação brasileira do Carrefour) não pode acontecer. “A família Diniz não tem força para levar a operação adiante. O Casino, no entanto, fechou todas as portas para qualquer conversa. Nós estamos dispostos a debater a proposta com eles”, diz Pércio.

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