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Controladora da Nextel pode pedir concordata, ação despenca

Empresa afirmou que pode pedir proteção contra falência por dificuldades que enfrenta no Brasil e no México


	Logo da Nextel: companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida de 4,8 bilhões de dólares
 (Jay Mallin / Bloomberg News)

Logo da Nextel: companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida de 4,8 bilhões de dólares (Jay Mallin / Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 12h37.

São Paulo - As ações da operadora de telefonia móvel NII Holdings, que atua na América Latina com a marca Nextel, despencavam mais de 60 por cento nesta terça-feira, depois que a empresa afirmou que pode pedir proteção contra falência por dificuldades que enfrenta no Brasil e no México.

"Apesar das medidas que temos tomado para melhorar nosso desempenho operacional, nossos esforços não bastaram, o que deixou a empresa com uma posição de liquidez insuficiente para sustentar o negócio", disse em um comunicado o presidente-executivo da empresa, Steve Shindler.

A NII, que em março contratou consultores financeiros para prestar assessoria sobre uma possível venda da companhia, disse que não poderá continuar a operar a menos que possa "reestruturar suas obrigações de dívida, encontrar uma solução estratégica ou alguma combinação destas opções".

A companhia havia dito que o UBS Investment Bank a ajudaria a buscar alternativas, que incluíam alianças, sua venda ou a venda de alguma de suas unidades.

A companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida de 4,8 bilhões de dólares e 1 bilhão de dólares em caixa e investimentos.

Às 11h36 (horário de Brasília), as ações da companhia despencavam mais de 66 por cento.

A NII disse na segunda-feira que está adotando medidas mais agressivas para reduzir seus custos e que está em conversas com seus credores para reestruturar suas dívidas.

A empresa está enfrentando uma intensa concorrência no Brasil e no México, seus principais mercados.

A empresa tem tentando frear uma perda de clientes corporativos que foram atraídos pela Telefônica Brasil e pela América Móvil, de Carlos Slim, que oferecem planos ilimitados e redes com mais cobertura.

O prejuízo líquido da NII cresceu para 623,3 milhões de dólares, ou 3,62 dólar por ação, ante 396,4 milhões, ou 2,30 dólares por papel no mesmo período do ano passado. A receita operacional caiu 23 por cento para 968,8 milhões de dólares.

Analistas esperavam prejuízo de 2,30 dólares por ação sobre receita de 948,1 milhões de dólares, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.

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