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Contas de Eike só cobrem despesas do dia-a-dia, diz advogado

Segundo o advogado do ex-bilionário, em pelo menos uma conta do empresário “resta apenas R$ 1"


	Eike: ele já foi a oitava pessoa mais rica do mundo
 (Douglas Engle/Bloomberg News)

Eike: ele já foi a oitava pessoa mais rica do mundo (Douglas Engle/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 14h39.

São Paulo - As contas do ex-bilionário Eike Batista só têm dinheiro suficiente para cobrir suas “despesas do dia a dia”, de acordo com Sérgio Bermudes, um dos seus advogados.

Bermudes disse que um juiz ordenou o congelamento de até R$ 1,5 bilhão (US$ 642 milhões) nas contas bancárias de Eike Batista como medida preventiva depois que o Ministério Público Federal no estado do Rio de Janeiro o acusou de crimes no mercado financeiro e solicitou o congelamento de seus bens.

“Posso garantir que não há R$ 1,5 bilhão nessas contas”, disse Bermudes em entrevista por telefone, acrescentando que em pelo menos uma conta “resta apenas R$ 1”, sem dar mais detalhes.

Eike Batista, que já foi a oitava pessoa mais rica do mundo, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index, viu o desmoronamento do seu império de commodities no ano passado, liderado pela empresa principal Óleo Gás Participações SA, antes conhecida como OGX.

Com sede no Rio de Janeiro, a companhia entrou com um pedido de concordata em outubro após gastar mais de R$ 10 bilhões desde que foi fundada em 2007. A OSX Brasil SA, empresa de construção naval de Batista, também entrou com um pedido de recuperação judicial.

O montante do pedido de congelamento de bens é aproximadamente igual ao do dano infligido ao mercado financeiro como resultado dos crimes de que é acusado, de acordo com uma declaração publicada no site do Ministério Público Federal no dia 13 de setembro. O bloqueio pode abranger casas, carros, barcos, aviões e participações financeiras.

Batista, 57, já é acusado pelo Ministério Público de usar de modo indevido informações privilegiadas na venda de suas ações na petroleira antes de sua queda.

Os advogados de Eike Batista disseram que ele vendeu as ações para pagar o credor Mubadala Development Co. e não porque previu o fracasso dos projetos, de acordo com um documento obtido pela Bloomberg. Sérgio Bermudes, um advogado civil que diz que está coordenando os problemas judiciais de Batista, disse que as acusações são “infundadas”.

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