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Consumidor não será afetado pelo possível aumento de preço da energia paraguaia

O assunto foi discutido na tarde de hoje (13) por parlamentares brasileiros e paraguaios no Parlasul

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasilia - O consumidor brasileiro não será afetado pelo possível aumento no preço da energia elétrica excedente vendida pelo Paraguai. Se a proposta que está sendo analisada pela comissão de representação ao Parlamento do Mercosul (Parlasul) for aprovada, o preço pago pelo Brasil pela energia paraguaia passará dos atuais US$ 120 milhões para US$ 320 milhões anuais. O assunto foi discutido na tarde de hoje (13) pelos parlamentares brasileiros e paraguaios que representam os respectivos países no Parlasul.

O relator da proposta, deputado Dr. Rosinha (PT-PR) já deu o parecer favorável ao reajuste. Ele disse à Agência Brasil que o impacto do aumento de preço da energia elétrica paraguaia na economia brasileira será "ínfimo", já que será diluído no Tesouro Nacional. "Ele não será absorvido pela Eletrobras, por exemplo, de modo que o consumidor não será afetado".

Por outro lado, disse o deputado Dr. Rosinha, esta não é a primeira negociação de preços que acontece no Tratado de Itaipu, que regulamenta o acordo de compra de energia entre o Brasil e o Paraguai. Ao contrário do que dizem partidos de oposição, esta será a quarta ou quinta negociação. O argumento da oposição baseia-se na impossibilidade de revisar o Tratado de Itaipu. Porém, o anexo 6º, que trata deste assunto, já foi alterado outras vezes", disse.

Outra questão que deve ser considerada, disse o deputado, é que "só posso ter integração regional com economias infinitamente menores que a nossa, como é o caso do Paraguai, se eu fizer algum tipo de concessão. Tenho dito que ou eu faço concessões para integrar a região do Mercosul ou faço um muro para dividi-la".

A Itaipu Binacional, empresa que administra a maior usina hidrelétrica em funcionamento e em capacidade de geração de energia do mundo, não será afetada pelo possível aumento do preço da energia vendida pelo Paraguai.

Segundo Dr. Rosinha, "hoje, a Itaipu é uma empresa que está concluída. Não tem mais que fazer investimentos, a não ser em manutenção. Itaipu tem equilíbrio de caixa e não tem dificuldades de funcionamento porque recebe o insumo, a água, de uma grande bacia formada pelos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e do Paraná. Então, Itaipu não terá nunca nenhuma crise financeira", disse.

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