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Construtora soma R$ 1 bilhão em obras de saneamento e vê 2021 aquecido

Além do setor de infraestrutura, a paulistana Engeform acaba de negociar a construção de duas torres corporativas na região da JK, zona sul de São Paulo

Obra para redução das perdas de água na região do bairro da Consolação, na capital paulista (Engeform/Divulgação)

Obra para redução das perdas de água na região do bairro da Consolação, na capital paulista (Engeform/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 06h00.

A construção civil está cada vez mais aquecida e as empresas que se prepararam para aproveitar este momento devem se beneficiar da alta na demanda. É o caso da paulistana Engeform, que vai encerrar o ano com uma carteira de obras de 1 bilhão de reais somente em saneamento básico. Para 2021, a construtora prevê crescimento para o setor, incluindo o mercado imobiliário corporativo.

“Todos os riscos para 2021 são absolutamente contornáveis. Temos um grande potencial de crescimento pela frente”, afirma André Abucham, diretor-superintendente da Engeform Engenharia, em entrevista exclusiva à EXAME.

A construtora assinou recentemente mais um contrato de saneamento com a Sabesp (em consórcio), referente às obras, projetos, licenciamento ambiental, operação assistida e manutenção das chamadas Unidades Recuperadoras das águas dos Córregos Cachoeira e Água Espraiada. 

Com o novo negócio, a empresa, fundada há 44 anos, soma recorde de obras e prestações de serviços em execução simultânea no setor de saneamento.

No primeiro semestre deste ano, foi aprovado o novo marco regulatório do saneamento básico, cujas linhas-mestras determinam a universalização do acesso a tratamento de água e esgoto no país até 2033. Neste ambiente, Abucham acredita que a expertise da Engeform deve contribuir para a empresa elevar a carteira no setor, que representa 35% da sua receita.

“Temos um déficit enorme no país. O novo marco permite que empresas privadas executem o trabalho que antes só poderia ser feito pelo poder público. Além disso, a Agência Nacional de Águas [ANA] passa a ter papel de agente regulador, com isso os investidores se sentirão mais seguros”, explica o executivo.

Ele destaca que, atualmente, a Engeform trabalha com a Sabesp e a Cesan (do Espírito Santo), realizando centenas de quilômetros de redes de esgoto e elevatórios, mas com o novo marco será possível executar também obras de empresas privadas.

Edificações

A Engeform também atua no mercado de edificações. Recentemente, a companhia fechou contrato para executar as obras de duas torres na região da avenida Juscelino Kubitschek, centro financeiro da capital paulista.

O JK Square São Paulo terá aproximadamente 70 mil m², cinco subsolos e pavimento térreo com 12 lojas, onde será instalada uma área de convivência com espaços para circulação e permanência, em estilo “open mall”. A torre 1 será composta por 20 pavimentos comerciais, além de um ático e heliponto. Já a torre 2 terá 26 pavimentos que abrigarão um hotel e apartamentos residenciais de alto padrão.

"A demanda continua muito expressiva no mercado imobiliário, os escritórios estão passando por uma reinvenção. As empresas terão que adaptar seus espaços para se adequar no pós-pandemia", diz Eduardo Araújo, gestor de negócios da Engeform. 

Segundo o executivo, a taxa básica de juros em menor patamar histórico permite melhores condições de empréstimos para viabilizar negócios que antes não seriam possíveis com taxas mais altas. 

Em uma terceira vertente, a Engeform ainda vai atuar na construção de moradias na capital paulista. A companhia venceu uma licitação para parceria público-privada para executar a construção de 2.700 unidades habitacionais na região da Mooca. "O ano de 2020 trouxe ótimas surpresas para nós", diz Abucham.

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