São Paulo - Investigada pela Polícia Federal por causa do esquema de corrupção da Petrobras, dentro da Operação Lava Jato, a Construtora Norberto Odebrecht lucrou R$ 1,8 bilhão no ano passado, 6,7% acima do R$ 1,695 bilhão de 2013.
Parte do resultado, cerca de R$ 400 milhões, foi impactado pela variação cambial. Em dólares, o resultado, de US$ 783 milhões, ficou em linha com o registrado um ano antes.
A companhia possui forte atuação no exterior e no ano passado 73% de sua receita bruta, de R$ 33,1 bilhões, vieram de operações fora do Brasil.
A construtora atua em 18 países, sendo que a América Latina responde por cerca de dois terços das receitas internacionais, de US$ 10,2 bilhões. A África e outros países, como os EUA, respondem pelo restante.
O Ebitda (lucro antes pagamento de juros, impostos depreciações e amortizações) permaneceu no mesmo patamar do ano anterior, em R$ 3,2 bilhões, baseado nos 191 contratos em execução que a companhia mantém.
"O resultado da operação internacional ajudou a minimizar em 2014 a menor rentabilidade que tivemos nos contratos da Petrobrás", disse o diretor financeiro da construtora, Marco Rabello.
Segundo ele, os contratos da Petrobras estão em fase final, quando tradicionalmente se registram desmobilizações e desinvestimentos que elevam os custos e reduzem a rentabilidade. "Já não eram contratos com margem alta."
Petrobras
Ao fim de dezembro, os projetos com a Petrobras representava 0,5% da carteira total, de US$ 33,8 bilhões, ou cerca de US$ 190 milhões, em dois contratos, na Refinaria do Nordeste ( RNEST) e no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), que se encerram este ano.
Sobre a Operação Lava Jato, a construtora nega participação em qualquer tipo de cartel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Lava Jato
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1/10 (Divulgação/ Polícia Federal)
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2. Odebrecht
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2/10 (Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras. “A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa. A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
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3. UTC Engenharia
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3/10 (Divulgação)
A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
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4. OAS
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4/10 (Divulgação/PAC)
A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
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5. Engevix
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5/10 (Divulgação/ Engevix)
Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
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6. Galvão Engenharia
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6/10 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
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7. Queiroz Galvão
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7/10 (Divulgação)
A empresa se manifestou através de nota: "A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
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8. Camargo Corrêa
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8/10 (Divulgação)
Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota: “A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
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9. Mendes Junior
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9/10 (Divulgação)
"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
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10. Iesa
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10/10 (Divulgação IESA)
EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.