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Construção de fábrica de fertilizantes deve começar em 2011

Rio de Janeiro - A Petrobras e o governo de Mato Grosso do Sul discutiram, nesta terça-feira (27), o cronograma para a instalação da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas, cujas obras estão previstas para começar em 2011. A unidade, que produzirá amônia e ureia a partir de setembro de 2014, é um dos quatro […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A Petrobras e o governo de Mato Grosso do Sul discutiram, nesta terça-feira (27), o cronograma para a instalação da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas, cujas obras estão previstas para começar em 2011.

A unidade, que produzirá amônia e ureia a partir de setembro de 2014, é um dos quatro novos investimentos da Petrobras na área de fertilizantes para aumentar a produção brasileira e reduzir a dependência do produto importado. As demais unidades serão construídas em Uberaba (MG), Linhares (ES) e Laranjeiras (SE).

No encontro, realizado na sede da Petrobras, no centro do Rio, ficou definido que a prefeitura de Três Lagoas providenciará o desmembramento da escritura do terreno onde a fábrica será construída e o governo do estado trabalhará para que a licença prévia e a licença de instalação sejam concedidas no prazo acordado, permitindo que as obras sejam iniciadas em 2011.                                                                                               

A unidade de Três Lagoas será abastecida pelo gás natural transportado pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) e terá capacidade de produção de 1,21 milhão de toneladas/ano de ureia e 81 mil toneladas/ano de amônia.

Segundo dados divulgados pela Petrobras, em 2009 o Brasil produziu 1,118 milhão de toneladas de ureia (626 mil toneladas em unidades da Petrobras) e importou 2,21 milhões de toneladas para atender à demanda interna. Já a oferta de amônia, em 2009, foi de 185 mil toneladas para uma demanda de 505 mil toneladas.

Após a reunião, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, lembrou, por meio da assessoria de imprensa, que a instalação de novas fábricas de fertilizantes no Brasil será possível porque o país tem hoje "uma infraestrutura gasífera robusta, com as malhas Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Nordeste integradas e com a oferta de gás natural assegurada pela produção nacional, a importação da Bolívia e o gás natural liquefeito (GNL)". O gás natural é insumo básico para a produção de fertilizantes.

Pelas projeções da Petrobras, em 2015, quando as quatro novas unidades de fertilizantes entrarão em funcionamento, o país passará a produzir 3,659 milhões de toneladas de ureia diante de uma demanda de 4,076 milhões de toneladas. Já a oferta de amônia chegará a 782 mil toneladas/ano – o que tornará o país autossuficiente na produção do insumo.

O encontro teve a presença do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, da diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, da prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, e dos senadores Delcídio Amaral e Marisa Serrano.

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