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Consórcio espanhol disputará leilão do trem-bala

O governo espanhol reiterou nesta segunda-feira que participará da licitação para o trem de alta velocidade (TAV), ou trem-bala, que ligará São Paulo, Campinas e Rio


	Trem-bala: além da Espanha, estão interessados no leilão consórcios de empresas da França, Japão, Alemanha e Coreia do Sul
 (China Photos/Getty Images)

Trem-bala: além da Espanha, estão interessados no leilão consórcios de empresas da França, Japão, Alemanha e Coreia do Sul (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 09h37.

São Paulo - O governo espanhol reiterou nesta segunda-feira que participará da licitação para o trem de alta velocidade (TAV), ou trem-bala, que ligará São Paulo, Campinas (SP) e Rio.

A ministra de Fomento da Espanha, Ana Pastor Julián, disse que está sendo formado um consórcio com empresas públicas e privadas para apresentar uma oferta até 13 de agosto, prazo estabelecido pelo edital.

"Queremos apresentar um projeto que seja muito competitivo e sobretudo que dê soluções adequadas aos problemas do transporte no Brasil", afirmou Ana María. A Espanha, que passa por uma das piores crises econômicas da história, vê oportunidades de investimentos no Brasil também nas áreas de aeroportos, rodovias e ferrovias.

No caso do trem-bala, a participação inicial do governo espanhol será por meio das empresas públicas de operação ferroviária Renfi e do Administrador de Infraestruturas Ferroviárias (Adif). Entre as empresas privadas que podem entrar no grupo, está a fabricante de trens Talgo.

"Somos capazes de oferecer a operação completa, desde as obras civis até a tecnologia, a parte de eletrificação, segurança e controle", afirmou a ministra.

Além da Espanha, estão interessados no leilão consórcios de empresas da França (com provável participação da Alston e SNCF), Japão (liderado pela Mitsue), Alemanha (com Siemens à frente) e Coreia do Sul.

Ana ressaltou ainda a experiência da Espanha, que tem rede com 13,9 mil quilômetros de vias férreas, dos quais 2,9 mil km são de alta velocidade, "a segunda maior do mundo, depois da China". Ela lembrou que a primeira linha de alta velocidade espanhola, entre Madri a Sevilha, completou 21 anos.

A ministra participou nesta segunda-feira de um café da manhã com empresários organizado pela agência espanhola de notícias Efe.


À tarde, reuniu-se em Brasília com o ministro dos Transportes, César Borges, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos. Segundo a ANTT, toda a obra do trem-bala deve envolver recursos de R$ 35 bilhões.

Modelo

Nesta terça-feira, 21, a ministra tem encontros com os chefes da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e da Secretaria Especial de Portos, Leônidas de Menezes Cristino.

Julio Gómez-Pomar Rodriguez, presidente da Renfe - que opera 300 trens de alta velocidade de diferentes companhias - citou como modelo o projeto Meca-Medina, que está em fase de construção por um consórcio público privado envolvendo 12 empresas espanholas e duas sauditas. A linha de alta velocidade terá 450 km com capacidade para transportar cerca de 160 mil pessoas por dia.

No caso do TAV brasileiro, que deve contemplar 511 km, empresas locais deverão participar da segunda etapa do projeto. "As empresas brasileiras terão participação gradativa no processo de nacionalização de componentes", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate.

Segundo ele, a abertura dos envelopes com as propostas deve ocorrer em setembro. As obras do trem bala só devem começar em 2015, com prazo de término até 2020. O projeto nacional prevê a transferência de tecnologia das empresas que ganharem a licitação. A concessão terá validade por 40 anos.

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