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Conselho não é de graça

No primeiro ano, desde o início do Plano Real, em que a remuneração dos executivos brasileiros cresceu menos que a inflação, a recém-concluída pesquisa de salários da consultoria Hay aponta uma categoria que teve, em média, 70% de aumento de salário: os presidentes de conselhos de administração. Não poderia haver melhor evidência de que as […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h27.

No primeiro ano, desde o início do Plano Real, em que a remuneração dos executivos brasileiros cresceu menos que a inflação, a recém-concluída pesquisa de salários da consultoria Hay aponta uma categoria que teve, em média, 70% de aumento de salário: os presidentes de conselhos de administração.

Não poderia haver melhor evidência de que as grandes empresas estão, finalmente, começando a levar a sério essa história de governança corporativa. O incremento salarial dos presidentes de conselhos, medido entre junho de 2002 e maio de 2003, se explica pelo aumento da demanda por esse tipo de executivo. O melhor exemplo recente é a contratação do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan pelo Ponto Frio. "Além disso, a base salarial era muito baixa", diz Leonardo Viegas, conselheiro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Os conselheiros externos -- normalmente contratados para verificar estratégias e contabilidade da empresa -- tiveram aumento médio de 30%. Para os não-conselheiros, o ano não foi tão bom assim: a remuneração de presidentes de empresas subiu 16,4%. Os outros executivos tiveram aumento de 13%, em média. A inflação medida pelo INPC nos 12 meses avaliados foi de 20,4%.

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