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Conselho da Petrobras se reúne nesta quarta após renúncia inesperada

Marcelo Gasparino renunciou ao cargo para o qual foi eleito no início do mês. Uma nova assembleia de acionistas pode ser convocada

Conselheiros divergem sobre como deverá ser conduzido o processo de substituição (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

Conselheiros divergem sobre como deverá ser conduzido o processo de substituição (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de abril de 2021 às 06h41.

Última atualização em 28 de abril de 2021 às 08h40.

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O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta quarta-feira sob clima de tensão e incerteza. De acordo com fontes do setor, um dos temas que serão debatidos no encontro é a renúncia do conselheiro Marcelo Gasparino, eleito na assembleia de acionistas no último dia 12 como representante dos minoritários.

Os próprios conselheiros divergem sobre como deverá ser conduzido o processo de substituição do conselheiro, que fica no cargo até o último dia de maio.

Por isso, a expectativa é um debate acalorado. Há quem defenda internamente que os membros indiquem um novo conselheiro como “tampão interino” até uma nova assembleia de acionistas, ideia prevista no estatuto social da estatal.

Uma das alternativas seria a nomeação do segundo nome mais votado na assembleia de acionistas. Neste caso, poderia ser eleito pelo Conselho da estatal o engenheiro Pedro Rodrigues, que recebeu aval contrário do Comitê de Pessoas da estatal, por ter participado da operação de venda de ações da BR Distribuidora como executivo do Citibank.

O plano de renúncia de Gasparino, e sua importância nos conselhos da Petro e da Vale, foram tema de reportagem do Exame In.

Mas uma das fontes destaca que é apenas um "parecer" e não precisa ser seguido pelos conselheiros.

Em paralelo, os acionistas minoritários decidem se pedem ou não a convocação de uma nova assembleia por conta da renúncia de Gasparino. A expectativa é que uma decisão ocorra durante essa semana.

Mas uma outra fonte lembrou que alguns acionistas avaliam que o pedido para realizar uma nova assembleia poderia atrapalhar ainda mais o processo de transição no comando da estatal, já que oito dos onze membros teriam se reeleitos novamente, lista que inclui o novo presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna.

Silva e Luna visita obras do antigo Comperj

Na segunda-feira, Silva e Luna fez a primeira visita pessoalmente como presidente da Petrobras. Ele foi até o polêmico Gaslub, antigo Comperj, palco de corrupção nas gestões anteriores, onde está sendo construída uma unidade de processamento de gás que deve começar a operar no ano que vem para tratar o gás que vem do pré-sal.

Atualmente, cinco mil pessoas trabalham nas obras. O general passou quatro horas em Itaboraí.

Silva e Luna, que tomou posse semana passada, pretende alterar o regime de home office na estatal. Uma análise sobre a mudança será feita em maio, quando a nova diretoria da estatal vai se reunir para avaliar as novas mudanças, já que hoje todos os colaboradores trabalham de casa. A ideia, segundo fontes, é dividir os funcionários por grupos.

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