Juliano Dias, CEO da Meetz: empresa criada por ele durante a pandemia acumula mais de 200 clientes e se prepara agora para o processo de internacionalização (Meetz/Divulgação)
exame.solutions
Publicado em 19 de agosto de 2022 às 09h45.
Última atualização em 19 de agosto de 2022 às 09h46.
No ano passado, a Meetz, startup que faz a prospecção de ponta a ponta para empresas, intermediou o agendamento de nada menos do que 4,9 mil reuniões entre o time de vendas de seus clientes (entre eles companhias como BossaBox, Buzzmonitor, VR Benefícios e Zendesk) e decisores de empresas as quais eles queriam se conectar.
O segredo da Meetz, que em pouco mais de dois anos já acumula mais de 200 clientes, está na entrega de leads qualificados. Para isso, ela conta com metodologia própria e a ajuda de ferramentas como inteligência comercial e big data para encontrar e validar prospects com o perfil ideal para cada empresa.
A partir daí, não só conecta seus clientes aos decisores certos como também agenda a reunião, e prepara um briefing completo para que a negociação seja bem-sucedida. “Somos uma empresa team-as-a-service. Isso significa que, na prática, nossa operação está baseada em uma equipe de especialistas que fazem uso da tecnologia e de processos bem estruturados para operar como uma área de pré-vendas para nossos clientes”, explica Juliano Dias, CEO da Meetz.
Tudo começou em 2020 durante a pandemia, quando Dias, que tem especialização em liderança pelo MIT e atua como mentor de executivos brasileiros e portugueses, identificou uma mudança na dinâmica da relações comerciais, já que eventos foram cancelados e as reuniões passaram a ser virtuais.
Foi quando ele decidiu pôr fim a um marketplace para gráficas que havia fundado em 2016 para dar início à Meetz ao lado do sócio, o administrador Raphael Baltar. “Entendi que poderia usar minha experiência de mais de 20 anos em prospecção e negociações para ajudar empresas com esse novo desafio que se desenhava no mercado”, diz Dias.
Mercado, ele sabia que havia. Uma pesquisa divulgada neste ano pela RD Station com o apoio de Totvs, Rock Content e The News com mais de 1,6 mil empresas de diferentes tamanhos e setores já sinalizava que apenas 35% delas contavam com um time de pré-vendas dedicado ao negócio. “Já em 2020 entendemos que empresas como a nossa tinham potencial de gerar muito valor para uma fatia ainda maior desse mercado”, afirma Dias.
Ele estava certo. No primeiro ano, a Meetz faturou R$ 500 mil. Em 2021, cresceu mais 700%. E agora se prepara para romper fronteiras e levar sua expertise para o mercado internacional. Argumentos de venda, garante Dias, não vão faltar. “Uma empresa que opta por criar do zero uma área de prospecção com um pré-vendedor ou SDR [Sales Development Representative], possui um custo anual próximo de R$ 105 mil por cada posição considerando salário, contratação de sistemas, integrações e treinamento do profissional. Contratando a nossa empresa, a economia pode chegar a 57%, sem considerar o ROI, que tende a ser maior por conta da qualidade das oportunidades comerciais geradas”, diz o executivo.